Em vésperas do pontapé de saída em solo russo, debruçamo-nos sobre a realidades das seleções de Argentina, Bélgica e Inglaterra. A “albiceleste”, liderada por Leo Messi, integra um dos grupos mais interessantes da competição, enquanto belgas e ingleses aparentam estar destinados a discutir o primeiro posto do grupo G.

Foto: "Reuters"

Foto: “Reuters”

Os pergaminhos da seleção argentina fazem com que a pressão seja imensa à entrada para a fase final de qualquer competição e a participação neste Mundial 2018 não foge à regra, ainda para mais tendo em consideração a presença de Leo Messi, um “Maradona reloaded” a quem falta, claro está, singrar com a camisola nacional, isto depois de três insucessos em finais de grandes competições.

De qualidade inidivual está esta Argentina cheia, ou não estivéssemos a falar de uma seleção que se deu ao luxo de abdicar de um jogador com a qualidade de Mauro Icardi. Lo Celso, Di María, “Toto” Salvio, Higuaín, Pavón, Aguero, Acuña ou Dybala. A “albiceleste” é uma das seleções que goza de maior quantidade/qualidade no último terço do terreno. Para além dos rostos bem conhecidos do “grande público”, neste Mundial, se Jorge Sampaoli lhe conceder espaço, Cristian Pavón (Boca Juniors) poderá vir a ser uma agradável surpresa. O seleccionador argentino deverá optar por alinhar a equipa num 1x3x4x3 de vocação declaradamente ofensiva, potenciando, por exemplo, a capacidade de “Toto” Salvio (Benfica) fazer todo o corredor.

Em termos de finalização, poucas seleções gozarão de tanta qualidade nesse capítulo quanto esta seleção sul-americana.

Inglaterra de Southgate

Ao que tudo indica, a seleção inglesa apresentar-se-á na fase final deste campeonato do mundo numa estratégia que andará entre o 1x3x4x3 e o 1x3x5x2, pelo menos atendendo às indicações dadas em vésperas do início da competição. O envolvimento dos flanqueadores Trippier e Rose na manobra ofensiva poderá ser um ponto a favor da equipa britânica, ao passo que, na frente, Lingard, Alli, Sterling e Kane assumirão as despesas.

Harry Kane é um finalizador nato, dos melhores que o futebol inglês conheceu nos últimos anos. No apoio ao “homem golo” dos “Spurs”, a seleção inglesa gozará de velocidade, da capacidade de Sterling no jogo interior e da qualidade de Alli a meter a bola no espaço. Henderson será o “pêndulo” da estratégia da equipa inglesa, sem esquecer a influência que Loftus-Cheek poderá vir a ter na equipa, jogador que é apontado pela imprensa britânica como potencial surpresa neste Mundial 2018.

Talento é com eles

O seleccionador Roberto Martínez não se pode queixar da falta de opções de qualidade para qualquer setor do terreno, mas a qualidade que a sua equipa reúne na frente de ataque é invejável. Para além da qualidade, nota para a versatilidade das opções de que dispõe.

A criatividade no último terço do terreno não deverá ser um problema para esta seleção. É que para além do valor individual que é reconhecido a cada um destes jogadores, note-se que a maioria fizeram grandes temporadas e em equipas que tiveram dos melhores registos em termos ofensivos na última época. Kevin De Bruyne (Manchester City) e Mertens (Nápoles) são dois bons exemplos disso mesmo, jogadores que estarão no apoio a um dos “homens de área” mais furtivos da competição: Romelu Lukaku. Eden Hazard, Ferreira-Carrasco ou Michy Batshuayi são outros dos jogadores que contribuem para que as expectativas em torno da prestação belga esteja nos píncaros.

Boas Apostas!