Arsenal – Sevilla (Emirates Cup)
Os dois vencedores da jornada de sábado defrontam-se no segundo e último dia da Emirates Cup. Pode ter sido de penálti mas o triunfo do Sevilla sobre o Leipzig, pela margem mínima foi inteiramente justificado. O Arsenal, ainda sem recorrer às suas maiores estrelas, goleou o Benfica por 5-2. Alexander Lacazette fez a sua estreia no Emirates com a camisola dos Gunners, jogando o último quarto de hora.
Dez anos se passaram desde a primeira edição da Emirates Cup e depois de um de interregno a competição regressou a Londres, ao Estádio do Arsenal. Arsène Wenger optou por alinhar frente ao Benfica sem as suas maiores estrelas. Mesut Ozil só entrou aos setenta e cinco minutos; Alexis Sánchez nem sequer estava no banco. O jogo teve duas metades muito distintas. A primeira foi bastante mais interessante: Cervi abriu o ativo, Theo Walcott respondeu com uma dobradinha e ainda antes do intervalo Salvio repôs a igualdade. Prometiam um segundo tempo disputado e cheio de golos, o que para esta altura da época é o máximo que podemos esperar. Mas não foi o que aconteceu. Houve golos com fartura, sim, mas a partida tornou-se de sentido único. A concretização no primeiro período resultou sempre do aproveitamento de erros individuais. No segundo a defensa do Benfica andou aos papéis. Lisandro López, que tinha rendido Jardel, fez autogolo para o terceiro do Arsenal. Olivier Giroud e Alex Iwobi completaram as contas. A quinze minutos do fim o treinador francês avançou com cinco alterações de uma vez – Rui Vitória tinha feito o mesmo um pouco antes, em duas levas – e o jogo entrou numa fase menos definida, com as duas formações a encaixar as novidades. Foi nesta altura que Ozil, Ramsey, Oxalade-Chamberlain e Alexander Lacazette fizeram a sua entrada. O francês, contratação deste defeso, fez a sua estreia com a camisola dos Gunners no Emirates.
A meio da primeira parte Wenger foi forçado a substituir Francis Coquelin pelo egípcio Elneny. O médio francês saiu tocado e não deve ser opção para defrontar o Sevilla.
Onze Provável: Ospina – Holding, Mertesacker, Kolasinac – Nelson, Elneny, Xhaka, Maitland-Niles – Walcott, Iwobi – Giroud.
O penálti pode ser discutível, sobretudo para os critérios do futebol inglês, mas a conversão de Ben Yedder deu ao Sevilla uma juta vitória (0-1) frente ao RB Leipzig. Até ao lance que deu origem a grande penalidade – Bernardo acerta na bola mas acaba também por derrubar Walter Montoya – pouco depois da meia hora de jogo, não houve grandes momentos de perigo. A formação germânica tentou reagir de imediato e dispôs de duas oportunidades flagrantes, ambas desperdiçadas por Poulsen, a segunda uma tentativa de surpreender tocando de calcanhar. Joaquim Correra, que rendeu Bem Yedder, quase aproveitou um mau passe de Ilksander para fazer o segundo do Sevilla mas Gulácsi estava atento. E Daniel Carriço, que foi titular, ainda teve tempo de acertar na barra. Nos últimos vinte minutos a partida perdeu intensidade, com os dois lados a acusarem o desgaste da pré-temporada.
Eduardo Berizzo pode dar-se por satisfeito com este primeiro teste frente a um adversário de nível europeu. Ao intervalo o treinador mudou quase por inteiro a defensiva, onde incluo também o guarda-redes. Mantiveram-se os dois franceses: Sébastien Corchia e Clément Lenglet. Nolito, que tinha sido aposta de início, foi substituído por Ganso.
Onze Provável: Rico – Corchia, Carriço, Lenglet, Escudero – Pizarro – Montoya, Banega, Lasso Borja, Nolito – Ben Yedder.
Sevilla
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3-1 |
Arsenal
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LC 2007/08
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Arsenal
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3-0 |
Sevilla
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LC 2007/08
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O histórico de confrontos entre as duas equipas resume-se a duas mãos na fase de grupos da Liga dos Campeões, há uma década. Na altura, Arsenal e Sevilla venceram os respetivos encontros caseiros.