Havia grande expetativa de que o Tottenham pudesse estar no ponto para passar a estar por cima na rivalidade do norte de Londres. Mas o Arsenal puxou dos galões e com uma exibição intensa e determinada, reafirmou a sua posição. Os Spurs podem-se queixar do árbitro quanto quiserem mas começaram a entregar a partida quando perderam a batalha do meio-campo. A grande questão é saber se os Gunners são capazes de consistência, nesta sua melhor versão, ou se foi apenas um fogacho, alimentado pela rivalidade.

Arsenal ainda manda no norte de Londres

Vendo o seu estatuto posto em causa o Arsenal vestiu-se de gala para o defender.

Vendo o seu estatuto posto em causa o Arsenal vestiu-se de gala para o defender.

A equipa de Arsène Wenger sentiu profundamente que o seu estatuto de melhor equipa do norte de Londres estava a ser desafiado e reagiu de acordo, no relvado. De forma absolutamente atípica, o Arsenal mostrou uma determinação, uma agressividade e uma energia na pressão, que afetaram a reação dos Spurs. As duas maiores figuras da equipa, que tem andado muito desaparecidos esta temporada, disseram presente. Orgulho ferido mas também, certamente, o facto de estarem ambos frescos depois de duas semanas sem competição. Mesut Ozil esteve envolvido em todas as fases de construção, a marcar o ritmo do jogo e do ataque. Alexis Sánchez mostrou aquela garra que parecia ter perdido desde que a saída para o City se frustrou. E não podemos esquecer a humilhação frente aos Cityzens, antes da paragem, e de como essa evidência ficou a moer no balneário.

Shkodran Mustafi foi o homem do jogo, para não esquecermos que se não tivesse acontecido aquele primeiro golo a partida podia ter tomado um rumo diferente. Mas a partir do momento em que os Gunners se vêm recompensados pelas iniciativas e a vencer por dois a zero ao intervalo, a adrenalina estava ao rubro.

Nós sabemos que o Arsenal pode ser o que vimos no sábado no Emirates. Uma equipa compacta, aguerrida e focada. Mas raramente vemos esta versão. E isso é o mais frustrante para os adeptos do clube: saber que têm as condições para serem francamente superiores, mas precisam de ser consistentes a este nível.

Ainda não foi desta, Spurs

Para os Spurs o dérbi foi dececionante. Mauricio Pochettino bem pode argumentar com os supostos erros de arbitragem que terão prejudicado a sua equipa mas essas não foi isso que lhes custou o jogo. O Tottenham perdeu a batalha do meio-campo, esse foi o ponto decisivo. A ausência de Toby Alderweireld, que só deve regressar à competição em dezembro, obrigou a recuar Eric Dier para manter a estrutura de três centrais. A dupla Sissoko/ Dembélé é muito física mas também muito estática. Quando Harry Winks entrou a meio do segundo tempo – quem diria que o médio de vinte e um anos podia assumir tamanho protagonismo – houve logo uma mudança significativa. Apesar da sua estatura, o jovem inglês conseguiu impor-se muito melhor do que os outros médios de contenção.

Claro que as limitações físicas também pesaram, e muito. Enquanto Ozil, Sanchez e mesmo Lacazette estavam frescos, os Spurs tinham vários titulares muito desgastados. Christian Eriksen e Dele Alli, por exemplo, foram sombras de si mesmo. O primeiro teve duas partidas decisivas pela Dinamamrca, o segundo foi dispensado da concentração de Inglaterra devido a problemas musculares. Harru Kane jogou todo ligado e claramente não estava a cem por cento. Todas essas peças somadas fazem a diferença.

Com este resultado o Tottenham viu-se ultrapassado na tabela classificativa pelo Chelsea, ocupando agora a quarta posição na Premier League. O Arsenal ganha, sobretudo, uma injeção de confiança para o resto da temporada, se a conseguir fazer render.

Pogba e Ibra de volta

O regresso do médio francês foi assinalado com uma assitência e um golo.

O regresso do médio francês foi assinalado com uma assitência e um golo.

Paul Pogba voltou aos relvados e assinalou o momento com uma assistência e um golo no triunfo dos Red Devils sobre o Newcastle (4-1). José Mourinho também se congratulou com o regresso de Romelu Lukaku aos golos mas a tarde não ficou completa sem a aparição de Zlatan Ibrahimovic. Muitos deram-no como acabado depois da grave lesão no joelho mas oito meses depois o sueco de trinta e seis anos fez questão de provar a todos eles que é um caso à parte. Jogou os últimos treze minutos do encontro e pode voltar já ameio da semana, já que está inscrito na Liga dos Campeões.

Boas Apostas!