No topo da tabela nada mudou. O United cumpriu a sua obrigação e venceu o último classificado, o que, aliado à humilhação do Arsenal em Selhurts Park, lhe valeu a subida ao quinto lugar. Ao sexto jogo sob o comando de Shakespeare o Leicester City volta a perder e o Everton é o culpado. Os Toffees, agora em igualdade pontual com os Gunners, estão de olho nos lugares europeus.
Os rapazes de Pochettino já estão crescidos
Com maior ou menor folga, os clubes do top-4 venceram os respetivos compromissos e o equilíbrio de forças manteve-se. Os Spurs de Mauricio Pochettino deram uma demonstração de vitalidade e maturidade, goleando o Watford por quatro bolas a zero. Dele Alli teve uma tarde inspirada e, mais uma vez, contagiou os companheiros. O Liverpool esteve a perder em casa do Stoke mas Coutinho e Firmino deram a volta ao resultado no segundo período (1-2). O City bateu o Hull de forma confortável (3-1) mas a formação de Marco Silva beneficiou de nova derrota do Swansea, na deslocação à capital para enfrentar o West Ham (1-0), e continua fora da zona de despromoção. O Manchester United fez o que lhe competia na visita ao Stadium of Light. A equipa de David Moyes, última classificada, resistiu enquanto pode ao inevitável. Mas Zlatan não precisa de muito para marcar e aos trinta acabou com o impasse. Ainda antes do intervalo Sebastian Larsson é expulso e os Red Devils ficam em superioridade numérica. Mais tarde, Mourinho falaria numa equipa adversária triste, depois do United ter aberto o marcador. Os Black Cats estão condenados e sabem-no. Há pouco a fazer contra sensação de derrota anunciada.
Everton trava Leicester e aproxima-se dos lugares europeus
A fechar a ronda de domingo o Everton pôs um ponto final na série vitoriosa dos Foxes sob o comando de Craig Shakespeare. O treinador inglês teve que fazer a gestão possível do plantel porque na quarta-feira à visita ao Vicente Calderón, para a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Simpson, Fuchs, Mahrez e Ndidi ficaram fora do onze inicial, metade deles nem sequer se sentaram no banco. Tom Davies abriu o marcador para os Toffees logo ao primeiro minuto do encontro mas Islam Slimani (aos quatro) e Marc Albrighton (aos dez) inverteram a vantagem. Mas a viragem durou pouco já que a meio do primeiro tempo o melhor marcador da Premier League começou a inclinar a partida, em definitivo, a favor dos da casa. Lukaku marcou aos vente e três e de novo aos cinquenta e sete. As entradas de Riyad Maherez, Ahmed Musa e Leonardo Ulloa serviram apenas para conter estragos maiores, não para dar a volta ao resultado.
Arsenal em queda livre
Mas a grande surpresa da jornada ainda estava para vir. Na segunda-feira à noite o Arsenal foi humilhado em Selhurst Park pela formação comandada por Sam Allardyce. Eu sei que num dérbi as coisas ficam necessariamente mais equilibradas mas há vinte e quatro anos – ainda Wenger não se tinha instalado em Londres – que o Palace não vencia o rival. E há que lembrar que esta época os Tigers estão a lutar com Hull e Swansea para se manterem na primeira divisão inglesa. O que se viu em campo foi o Arsenal no seu pior. Buracos na defesa, falta de energia e ambição. Se nos primeiros quarenta e cinco minutos o jogo ainda esteve em aberto, valendo o único golo de Andros Townsend aos dezassete, o segundo período foi para esquecer pela parte visitante. Na segunda parte o Arsenal não fez um único remate enquadrado com a baliza. Yohan Cabayé e Luka Milivojevic, o último de penalti, fecharam a contagem.
Com esta derrota os Gunners caem para o sexto lugar da tabela, com os mesmos cinquenta e quatro pontos que o Everton, ainda que com dois jogos em atraso em relação aos perseguidores. Mas a exibição destroçada dos Gunners, com Alexis Sánchez já a escolher destino entre o Etihad e Stamford Bridge, diz tudo do ponto de desânimo a que chegou a formação londrina. Wenger e a direção do clube não podem continuar a assobiar para o lado.
Boas Apostas!