Arsenal – Chelsea (Supertaça de Inglaterra)
Acabaram os amigáveis. Este domingo, em Wembley, voltam os jogos a doer em Inglaterra. Muitas vezes esta partida que dá início à temporada não prima pela intensidade mas em se tratando de um duelo Wenger e Mourinho o espetáculo está garantido. Até um jogo treino seria rasgadinho. O treinador português ainda não perdeu nenhum dos treze confrontos com o francês mas os Gunners chegam motivados por uma grande pré-temporada. Será desta, Arsène?
Arsène Wenger tem razões para estar esperançado. O Arsenal venceu os quatro desafios que disputou na pré-época – Seleção de Singapura (4-0), Everton (1-3), Lyon (6-0) e Wofsburg (1-0) – e em todos eles proporcionou um bom espetáculo de futebol. Mesmo sem Alexis Sanchez, que, como Ospina, esteve até tarde envolvido na Copa América, e sem Danny Welbeck, que continua fora por lesão. Estas são as baixas que se mantêm no plantel dos Gunners. Mesut Ozil tem estado a bom nível, assumindo a liderança da equipa e fazendo a vida difícil aos marcadores diretos. Alex Oxlade-Chamberlain também tem chamado a atenção, assim como o jovem internacional inglês, de ascendência nigeriana, Chuba Akpom. O avançado de dezanove anos fez um hat trick no primeiro jogo de preparação e pode vir a fazer sombra a Olivier Giroud.
Wenger ainda não foi capaz de vencer Mourinho e o título inglês continua a escapar-lhe. Mas sob o seu comando os Gunners têm-se especializado, nos últimos anos, na conquista das várias taças: a Taça de Inglaterra, nas duas últimas temporadas, e a edição do ano passado da Community Shield, à custa do Manchester City. Será que a experiência e sucesso acumulado podem ajudar o Arsenal a equilibrar a balança, frente ao Chelsea?
Onze provável: Cech – Bellerín, Koscielny, Mertesacker, Nacho Monreal – Ramsey, Coquelin – Oxlade-Chamberlain, Ozil, Cazorla – Giroud.
José Mourinho passou a temporada passada a construir uma equipa do Chelsea para se manter no topo na próxima década. A base está formada e consolidada, haverá a cada defeso saídas e entradas mas está tudo planeado para que a prestação coletiva não se ressinta disso. Portanto, os Blues têm como grande desígnio para 2015-16 a revalidação do título inglês, sempre com o objetivo Liga dos Campeões na retaguarda. A exigência é máxima e os principais adversários sabem que precisam de se reforçar para estar à altura da disputa. E fizeram-no, com especial atenção para o que se vai preparando em Old Trafford. Consciente de que precisa de estar sempre um passo à frente o Chelsea sabe também a importância de um bom arranque de época, para não dar espaço nem esperança à concorrência.
Apesar do evidente desprezo pelo seu treinador, Mourinho reconhece a qualidade do plantel que se vai reunindo nos Emirates. A começar por Ozil e terminando em Petr Cech. O guarda-redes de trinta e três anos trocou este verão a camisola azul pela vermelha do Arsenal, insatisfeito por ser segunda opção e pelo pouco tempo de jogo. Uma fação mais fundamentalista dos adeptos reagiu mal à mudança, acusando-o de traição. Ivanovic já veio a público pedir respeito para o antigo colega, pelo muito que deu ao clube.
O Chelsea empatou os dois últimos jogos – com o PSG (1-1) e Barcelona (2-2) – no âmbito da International Champions Cup. Ambos acabaram por se decidir a favor do clube inglês nas grandes penalidades, com Thibaut Courtois a brilhar nos dois lados da bola.
Onze provável: Courtois – Ivanovic, Zouma, Terry, Azpilicueta – Matic, Fàbregas – Willian, Oscar, Hazard – Remy.
Já falamos do registo negativo de Wenger com o técnico português mas mesmo sem nos limitarmos aos confrontos com Mourinho é preciso recuar nove jogos para encontrar um vitória dos Gunners, na época de 2011-12.
Arsenal | 0-0 | Chelsea | Liga Inglesa 2014/15 |
Chelsea | 2-0 | Arsenal | Liga Inglesa 2014/15 |
Chelsea | 6-0 | Arsenal | Liga Inglesa 2013/14 |
Arsenal | 0-0 | Chelsea | Liga Inglesa 2013/14 |
Arsenal | 0-2 | Chelsea | Capital One Cup 2013/14 |