O City precisou de cerrar os dentes e de um golpe de sorte para sair por cima do John Smith. Willian salta do banco para em dois minutos anular o golpe de Salah e empatar a partida em Anfield. Mesmo com Harry Kane a marcar os Spurs marcaram passo em casa, frente ao West Brom. O Arsenal aproveitou os deslizes dos concorrentes diretos para subir ao top-4. O Watford de Marco Silva impressiona na deslocação ao St. James Park. Foi assim a jornada do fim de semana na Premier League, em jeito resumido, que já lá vem outra.

Grande jogo em Anfield, parcos resultados

O melhor marcador da Premier League marcou à antiga equipa mas absteve-se de festejar.

O melhor marcador da Premier League marcou à antiga equipa mas absteve-se de festejar.

A partida da jornada esteve à altura das expetativas. As duas equipas tinham bem presente a seriedade do encontro e que perder podia significar uma sentença pesada nas metas definidas para a temporada. Antonio Conte entrou com um esquema de 3-5-1-1 e manietou as principais forças do Liverpool. Com um escudo humano de três homens a reforçar o eixo central os Reds não conseguiam penetrar e viram-se limitados a umas quantas tentativas de meia-distância. Mas ao tirar um homem da fase de construção, o treinador italiano colocou demasiada responsabilidade no único homem responsável por essa tarefa. Eden Hazard mostrou a sua criatividade mas não podia soltar os foguetes e ir apanhar as canas, o mesmo é dizer que a frente de ataque estava em série inferioridade numérica. Foi preciso a entrada de Pedro e Willian, desfalcando o trio do meio-campo de contenção, para chagar ao golo. O brasileiro precisou de apenas dois minutos em campo para marcar. O centro tem todo o mérito mas Mignolet contribuiu para que a bola fosse parar ao fundo das redes.

Jurgen Klopp também surpreendeu indo a jogo sem Roberto Firmino e Sadio Mané. Em alternativa, foram lançados Oxland-Chamberlain e Daniel Sturridge. Na primeira parte os Reds andaram a reboque mas vieram do balneário com outra disposição, para enfrentar o segundo tempo. O técnico alemão trocou os extremos de lado. Mohamed Salah passou para a esquerda e Ox para a direita, para anular Marcos Alonso. O egípcio abriu o marcador aos sessenta e cinco e esteve perto de impor uma derrota à antiga equipa.

Spurs marcam passo, Gunners agradecem

Ao início da tarde de sábado o Tottenham recebia em Wembley o West Bromwich e os visitantes entraram sem cerimónias. Ao quarto minuto do encontro Salomón Rondón colocava os Baggies em vantagem. Nem Harry Kane, que voltou aos golos, conseguiu evitar que a equipa de Mauricio Pochettino voltasse a tropeçar. Quando foi a jogo no domingo o Arsenal já sabia que os concorrentes diretos – Chelsea, Liverpool e Tottenham – tinham todos cedido pontos. Era a brecha que os Gunners estavam à espera para entrar no top-4 mas para isso tinham que fazer a sua parte. Alexis Sánchez marcou o único golo frente ao Burnley, na concretização de uma grande penalidade muito discutível. Os episódios passam e os três pontos ficam e estes têm especial sabor para a formação de Arsène Wenger.

Marcar nos minutos finais para garantir o resultado numa partida dura é marca dos campeões.

Marcar nos minutos finais para garantir o resultado num jogo duro é marca dos campeões.

O Huddersfield Tinha imposto ao United a sua primeira derrota da temporada e já se antecipara que Manchester City também se sentisse pouco à vontade no recinto invernoso dos Terriers. Em cima do intervalo Nicolas Otamendi marcou na própria baliza mas logo a abrir o segundo tempo Aguero igualou de penalti. No entanto, os Cityzens tiveram que cerrar os dentes e insistir muito, com paciência, para aos oitenta e quatro terem uma pontinha de sorte e ganharem o jogo.

O Watford de Marco Silva voltou a impressionar, indo ao St. James Park vencer o Newcastle por três bolas a zero. Está no oitavo posto, a três ponto dos Tottenham e dos ligares europeus.