Arizona Cardinals – New England Patriots (NFL)
Os Patriots dão o pontapé de saída da temporada no Estádio da Universidade de Phoenix e é inevitável a expetativa do que será a equipa com Jimmy Garoppolo, com Brady suspenso nos primeiros quatro jogos. Do outro lado terão um plantel de elevada qualidade e um treinador muito inteligente, que se estão a preparar para este embate desde maio. Vai ser uma batalha e quem sabe um ensaio para o próximo Super Bowl.
Bruce Arians disse aos jornalistas, em jeito de brincadeira, que se começou a preparar o embate com os Patriots em maio e não duvido nem por um segundo. Uns meses antes, o treinador principal dos Arizona Cardinals percebeu que a sua equipa não era, ainda, suficientemente boa para vencer a final da Conferência Nacional. A derrota esmagadora frente aos Panthers (49-15) provou isso mesmo. Arians não é de ficar a remoer mas a lição ficou. Toda a gente em Phoenix percebeu que estiveram muito perto de chegar ao Super Bowl e o “bocadinho assim” que lhes faltou tem que ser superado com entrega e trabalho. Steve Keim construiu em Arizona um dos melhores planteis da liga de futebol americano. Todos os cinquenta e três jogadores têm qualidade, o que permite enfrentar as inevitáveis lesões com confiança e sem dramas. Carson Palmer vai para o seu quarto ano no sistema de Arians e tanto ele como o segundo quarterback, Drew Stanton, não podiam estar mais confortáveis com a equipa ofensiva que integram. Com David Johnson e Chris Johnson de novo a cem por cento o jogo em corrida tem tudo para ser uma ameaça séria. Larry Fitzgerald, Michael Floyd, John Brown e J.J. Nelson garantem que sempre um destino para os lançamentos. Uma posição em que Arizona investiu foi nos pass rushers. Foi buscar Chandler Jones a New England e escolheu Robert Nkemdiche na primeira ronda do draft.
Os Cardinals estão determinados a chegar ainda mais longe esta época mas sabem que vão contar com a concorrência feroz de Seattle e Carolina dentro da NFC.
Vai chegar o dia em que os New England Patriots vão ter oposição à altura dentro da AFC Este mas não parece que seja para já. Assim sendo, os quatro jogos de suspensão por fim impostos a Tom Brady não serão nenhum drama. Claro que não será o mesmo e por melhor trabalho que Belichick e McDaniels façam a adaptar a ofensiva a Jimmy Garoppolo ele não intimida os adversários da mesma forma. No que respeita ao calendário da equipa para estas primeiras quatro jornadas há boas e más notícias. O aspeto positivo é que três dos confrontos serão em Foxborough e o fator casa não é de desmerecer. O negativo é que dois dos adversários são da mesma divisão e tanto os Miami Dolphins como os Buffalo Bills vão tentar aproveitar esta janela de oportunidade para levar alguma coisa de New England. Mas a deslocação a Arizona será o teste mais difícil para Garappolo: porque é o primeiro e há sempre coisas a afinar e pela valia dos Cardinals. Os Patriots não deverão ter dificuldade em vencer a AFC Este mesmo que sofram algum percalço nas ausências de Tom Brady mas dependendo como corram os resultados podem vir a ser importantes para determinar a classificação final na Conferência.
No defeso New England trabalhou para resolver uma fragilidade que se tornou gritante na final da Conferência Americana, quando Brady foi atingido vinte vezes. Dante Scarnecchia foi arrancado da reforma para vir tratar do problema e preparar o seu substituto a médio prazo, Cole Popovich. O problema na temporada passada foi agravado por uma sucessão de lesões, que agora estão ultrapassadas. Ter Nate Solder de novo disponível é tremendo porque ele é o líder desta unidade, em todos os sentidos. E conta agora com alguns reforços, como Jonathan Cooper ou o rookie Joe Thuney.
2012 | New England Patriots | Arizona Cardinals | Gillette Stadium | 20-18 |
2008 | New England Patriots | Arizona Cardinals | Gillette Stadium | 47-7 |
2004 | Arizona Cardinals | New England Patriots | Sun Devil Stadium | 23-12 |
Arizona venceu apenas um dos seis mais recentes confrontos com New England, curiosamente o último e no Gillette Stadium, por dois pontos de diferença. Já lá vão quatro anos.