Enfim, apurada! A seleção argentina insiste em não dar descanso aos milhões de corações que por si palpitam. No final do encontro frente à Nigéria, as lágrimas voltaram a preencher os rostos dos argentinos, desta feita, sinónimo de felicidade. Jorge Sampaoli promoveu alterações na equipa e a “albiceleste” venceu por duas bolas a uma, acompanhando a Croácia rumo à fase seguinte deste Mundial 2018.

Mudar para melhor

Foto: "Reuters"

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Franco Armani, Marcos Rojo, Éver Banega, Gonzalo Higuaín e Dí Maria. Jorge Sampaoli promoveu cinco alterações em relação ao embate com a seleção croata e a finalista vencida da última edição do campeonato do mundo começou a dar sinais de “ter encontrado o norte”, melhorando muito em relação ao que tinha feito nos dois primeiros jogos, frente a Islândia (1-1) e Croácia (0-3). Obrigada a vencer, a Argentina apresentou muito mais qualidade na posse em relação ao que fizera nos dois primeiros jogos, colocou mais velocidade e critério na circulação, estabeleceu-se no meio-campo adversário desde cedo e procurou sempre desequilíbrios, explorando tanto o (pouco) espaço interior quanto os corredores.

Aos 14 minutos, soltou-se o génio de Leo Messi. Éver Banega lançou o craque do Barcelona que dominou de forma perfeita e concluiu com categoria para o fundo da rede que neste desafio esteve novamente à guarda do jovem Francis Uzoho. A “albiceletes” materializava a superioridade que demonstrava para regozijo de Diego Armando Maradona, novamente presente nas bancadas. Antes de Cuneyt Çakir interromper o desafio para intervalo, destaque para uma bola enviada ao ferro da baliza africana por intermédio de Leo Messi.

Atendendo ao que tinha produzido durante os primeiros 45 minutos, a Argentina merecia ter saído para o intervalo com um resultado mais dilatado. Tal não foi possível e a margem miníma manteve as “super águias” crentes no apuramento. Aos 51 minutos, Çakir viu uma infração de Mascherano sobre Balogun no interior da grande área e apitou para grande penalidade – decisão discutível. Victor Moses bateu Franco Armani para o golo que, nesse momento, atendendo ao empate que se verificava entre Islândia e Croácia, colocava a Nigéria em situação de apuramento.

O golo nigeriano mexeu com a organização de uma equipa argentina que caiu de produção. Sampaoli lançou Cristian Pavón para o lugar de Enzo Pérez ao minuto 61, dez minutos mais tarde viria a colocar Meza no lugar do visivelmente desgastado Di María e, a dez minutos do fim, a entrada de “Kun” Aguero foi a derradeira cartada de Sampaoli.

A Argentina partiu para cima do adversário, esteve em vias de sofrer o 2-1 em pelo menos duas ocasiões mas viria mesmo a marcar. Marcos Rojo, com uma finalização que fez lembrar a de André Carrillo ao serviço do Perú algumas horas mais cedo, atirou para nova vantagem argentina e sentenciou o jogo a favor da equipa sul-americana, apurada para a fase seguinte do campeonato do mundo.

Croácia faz o pleno

Já apurada para a fase seguinte do campeonato do mundo, a seleção croata apresentou-se no relvado da Rostov Arena com algumas alterações no seu onze inicial, sobretudo na defesa. Zlatko Dalic não abdicou do “maestro” Luka Modric nem de Ivan Perisic ou Andrej Kramaric para este encontro que interessava muito mais à Islândia, equipa que continuava a ostentar esperanças quanto ao apuramento para a fase seguinte.

A seleção croata teve mais bola durante praticamente toda a partida, mantendo o bom nível apesar das alterações, mas a Islândia era claramente a equipa mais pragmática em campo, tanto que as melhores oportunidades para chegar ao golo a si pertenceram.

No início do jogo, pouco depois da primeira grande ameaça croata, Milan Badelj atirou com sucesso para a rede da baliza defendida por Kalinic, deixando a Islândia em maus lençóis. Fazendo valer sempre a sua componente física, a Islândia ameaçava sobretudo em lances de bola parada. Aos 76 minutos, o árbitro espanhol Mateu Lahoz apitou grande penalidade a favor dos islandeses e Sigurdsson apontou o empate, reacendendo a hipótese de chegar à próxima fase numa altura em que também se registava uma igualdade no outro jogo do grupo.

Obedecendo à “regra” deste Mundial, o desafio ficaria sentenciado nos últimos minutos. A Islândia, a precisar de marcar, expôs-se em demasia e Ivan Perisic, numa rápida chegada à área nórdica, apontou o dois a uma favorável aos “vatreni”, assegurando uma fase de grupos em pleno: três vitórias em outros tantos jogos.

Nos “oitavos”, a Argentina defrontará a seleção francesa, enquanto os croatas têm duelo agendado com a Dinamarca.

Boas apostas!