Argentina – Chile (Copa América 2020)
A bola já rola nos relvados brasileiros e esta segunda-feira (14) fica marcada pelo pontapé de saída no Grupo A da competição, composto por Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Bolívia. No Rio de Janeiro, argentinos e chilenos vão estar frente a frente.
Análise Argentina
A Argentina de Leo Messi prepara-se para disputar a primeira grande competição desde que Lionel Scaloni, sucessor de Jorge Sampaoli após o Mundial 2018, assumiu os destinos. Desde 1993 que os argentinos não conquistam a Copa América e Messi, “astro” que já ganhou tudo o que havia para ganhar ao serviço do Barcelona, ainda procura conquistar o primeiro grande troféu com a camisola da sua nação. Naquela que é a primeira fase final após a partida de Diego Armando Maradona, acresce a responsabilidade da “Albiceleste” que quer homenagear “D10s” com a conquista de um título.
Inicialmente, tudo indicava que esta Copa América se disputaria na Colômbia e no Chile, mas o clima de instabilidade social no país “Cafetero” e a subida do número de casos de COVID-19 em solo argentino acabaram por levar a competição para o Brasil. Em solo nacional, as Casas de Apostas apontavam os argentinos como principais candidatos ao título, cenário que se alterou com a mudança da sede. Independentemente desse fator que até pode ser esbatido atendendo à ausência de público nas bancadas, a realidade é que a Argentina precisa de produzir mais em termos exibicionais do que aquilo que se viu nos últimos desafios se quiser colocar as mãos na Taça. Em 2020, os comandados de Scaloni disputaram quatro encontros de qualificação para o Mundial, com um saldo de três vitórias e um empate. Já em 2021, ano em que a maioria das seleções sul-americanas só se reuniu após o termo da época de clubes dado que os jogos de apuramento agendados para março foram adiados, a Argentina empatou com esta equipa do Chile (1-1) e desperdiçou uma vantagem de dois golos na visita à Colômbia, acabando por empatar a dois – o segundo golo dos donos da casa, comandados pelo português Carlos Queiroz, surgiu já em tempo de compensação.
Apesar de “Kun” Aguero estar entre os convocados, Lautaro Martínez deverá ser o eleito para o centro do ataque, coadjuvado por Messi e Di María.
Onze provável: Martinez, Montiel, Romero, Otamendi, Acuna, Lo Celso, Paredes, De Paul, Messi, Di María, Lautaro
Análise Chile
A seleção do Chile venceu a Copa América em 2015 e 2016, mas está longe de constar entre as principais favoritas à conquista da atual edição. Ausente do Mundial 2018, o Chile ficou-se pelas “meias” na Copa América 2019, em virtude de uma derrota às mãos do Peru por três bolas a zero. À época, Reinaldo Rueda era o treinador, colombiano que já não orienta o conjunto chileno, desde este ano orientado por Manuel Lasarte, uruguaio de 60 anos que tinha treinado pela última vez em 2018/19 nos egícpios do Al-Ahly.
Lasarte conta com apenas três jogos ao leme desta seleção chilena. Em março, apesar do adiamento dos jogos de qualificação, o Chile reuniu-se (ainda que sem várias unidades fulcrais) para trabalhar com o novo selecionador, vencedor a Bolívia por duas bolas a uma. Já nos dois encontros que antecederam esta participação na Copa América, ambos de qualificação para o Mundial 2022 e já com as principais referências ao serviço, os chilenos empataram com a Argentina (1-1) e com a Bolívia (1-1), adversária com a qual se voltaram a debater. Caso as coisas corram bem nesta Copa América e Lasarte continue à frente da seleção, terá pela frente a missão de renovar as suas fileiras, dado que boa parte destes jogadores fizeram parte das conquistas das duas ediçõe da Copa América mas, volvidos 6 e 5 anos, vivem momentos totalmente distintos das suas carreiras.
Onze provável: Bravo, Isla, Medel, Maripan, Mena, Pulgar, Vidal, Aranguiz, Meneses,Vargas, Alexis Sánchez
Dica de Prognóstico
Argentinos e chilenos defrontaram-se recentemente e o encontro terminou empatado a uma bola. A Argentina é favorita à conquista do título, mas antevê-se mais um encontro equilibrado e “amarrado”.