Argentina – Brasil (Copa América)
As duas seleções que acalentam a maior rivalidade do futebol sul-americano vão estar frente a frente na decisão da Copa América 2021. O Brasil, atual detentor do título, mede forças com uma equipa argentina que não ergue o troféu desde 1993. Finalista vencida em duas das últimas três edições da prova, a formação “albiceleste”, comandada por Leo Messi que procura o primeiro título com a camisola da seleção, quer homenagear a memória de Diego Armando Maradona.
Análise Argentina
A “seca” de títulos prolonga-se há demasiado tempo e nada melhor que interrompê-la com a conquista do primeiro troféu após o desaparecimento de Diego Armando Maradona. É sob a “aura de D10S” que a Argentina se apresenta nesta Copa América 2021, conquista que teria ainda um sabor especial por acontecer em solo rival. De resto, Leo Messi continua desesperadamente em busca do primeiro título ao serviço da seleção nacional e tem aqui mais uma oportunidade de ouro depois das derrotas em 2015 e 2016, ambas às mãos da congénere do Chile e na decisão através da marcação de grandes penalidades. “La Pulga” chegou mesmo a renunciar à seleção, mas o regresso efetivou-se e agora é tempo de atacar o primeiro título continental da história da nação desde 1993. De resto, esta será a quinta final de Messi pela Argentina, jogador que conta com quatro golos e cinco assistências nesta edição da Copa América 2021.
Os argentinos venceram o Grupo A com 10 pontos em 12 possíveis, sete golos marcados e dois sofridos. Nos quartos de final, a equipa “albiceleste” bateu a congénere do Equador por três bolas a zero, marcando encontro com a Colômbia na ronda seguinte. Aí, o encontro chegou ao fim do tempo regulamentar com uma igualdade a uma bola e a decisão foi para as grandes penalidades, com triunfo argentino por três bolas a duas. A vitória na decisão através de castigos máximos terá sido muito importante do ponto de vista psicológico para os comandados de Lionel Scaloni, por ter permitido superar a “barreira psicológica” imposta pelos desaires de 2015 e 2016.
Onze provável: Emiliano Martínez, Molina, Pezzella, Otamendi, Tagliafico, De Paul, Paredes, Lo Celso, Messi, L Martinez, Gomez
Análise Brasil
De olhos postos na revalidação do título. A seleção brasileira conquistou a Copa América 2019 a atuar em casa e, volvidos dois anos, quer voltar a alcançar o êxito em solo nacional. Como em 1997/1999 e 200
4/2007, a “Canarinha” aponta à conquista de dois títulos continentais de modo consecutivo e escusado será dizer que há talento mais que suficiente para cumprir com esse objetivo, não obstante a qualidade que também existe do lado contrário.
Os brasileiros não sentiram dificuldades para ultrapassar a primeira fase e venceram o grupo D com 10 pontos conquistados em 12 possíveis. No “mata-mata”, venceram Chile e Peru, em ambas as ocasiões pela margem mínima, carimbando o passaporte para esta decisão. No mais recente encontro com os peruanos, uma reedição da final da última edição da Copa América, a seleção brasileira nem rubricou a melhor exibição desde o início da prova, mas foi suficientemente competente para chegar à final. Tal e qual como encontro dos quartos de final, Lucas Paquetá sentenciou o encontro, nesta ocasião após uma boa iniciativa individual levad
a a cabo por Neymar.
A principal baixa do lado brasileiro à entrada para esta final é a de Gabriel Jesus, avançado que vai cumprir o segundo de dois jogos de suspensão. Paquetá deverá manter a titularidade, assim como o benfiquista E
verton “Cebolinha”. De resto, não se perspetivam grandes mudanças em relação à equipa que defrontou o Peru.
Onze provável: Ederson, Danilo, Marquinhos, Silva, Sandro, Fred, Casemiro, Richarlison, Paqueta, Everton, Neymar
Dica de Prognóstico
Uma final tende a ser um encontro difícil de prever, ainda mais quando há tanta qualidade de um lado e do outro. Perspetiva-se um encontro intenso, muito disputado a meio-campo e com as quezílias tradicionais de um encontro entre Brasil e Argentina. O equilíbrio deverá imperar no relvado do Maracanã e as duas equipas não deverão correr grandes riscos sobretudo no início da partida.