Argentina – Bolívia (Copa América)
Argentina e Bolívia chegam à última jornada da fase de grupos da Copa América com o futuro definido. Enquanto a “albiceleste” já garantiu a passagem com estatuto de líder, “La Verde” está afastada da competição e vai terminar na última posição do grupo D da edição centenária da Copa América, que está a decorrer em solo norte-americano.
Inserida no mesmo grupo que Chile, Panamá e Bolívia, a Argentina não quis deixar contas por mãos alheias e garantiu o apuramento para os oitavos-de-final o quanto antes. Em duas jornadas, os argentinos conquistaram seis pontos e garantiram uma vaga na próxima fase da competição, confirmando o estatuto de favorita a terminar na primeira posição do grupo D.
A prestação da seleção argentina na edição centenária da Copa América começou com um triunfo (2-1) diante da congénere chilena, resultado importante que permitiu alcançar vantagem diante da principal concorrente no que diz respeito à fase seguinte. Frente à campeã em título, a formação orientada por Tata Martino não precisou de se exibir ao melhor nível para amealhar os três pontos, trabalhando o suficiente para derrotar uma equipa que está longe da forma que apresentou no ano passado. Na segunda ronda, frente ao Panamá, também não houve margem para dificuldades e Leo Messi deu um forte contributo para dilatar o marcador (5-0), jogador que saltou do banco à passagem do minuto 61 para assinar um “hat-trick”. Apesar da vitória volumosa, o jogo com o Panamá poderá ter assinalado o último encontro de uma das figuras de proa da Argentina nesta Copa América: Ángel Di Maria saiu lesionado ainda na primeira parte e vai falhar os próximos encontros.
Onze Provável: Romero, Mercado, Ramiro Funes Mori, Mascherano, Otamendi, Rojo, Augusto Fernández, Banega, Nico Gaitán, Lamela, Higuaín
Longe da altitude de La Paz, a Bolívia é uma seleção bem mais “simpática” para os adversários, tal como ficou provado no encontro da primeira jornada, frente ao Panamá. Os eleitos de Julio César Baldivieso perderam (2-1) com os panamianos e comprometeram seriamente a continuidade a Copa América, tendo em conta o grau de exigência dos desafios que se avizinhavam frente a Argentina e Chile. No compromisso da segunda ronda, com os chilenos, o marcador indica que os bolivianos até conseguiram suster o adversário, mas foram castigados com uma grande penalidade aos 90+7′ que Arturo Vidal converteu em golo. Segundo jogo, segunda derrota e o adeus definitivo à edição centenária da Copa América, na última posição do grupo D.
Em noite de despedida, a Bolívia quer deixar uma imagem positiva após uma prestação que ficou aquém das expectativas – vencer o Panamá era “obrigatório” para os bolivianos. Uma vez que a Argentina também já tem o apuramento assegurado, é expectável que Tata Martino dê tempo de jogo a atletas menos rodados, com a Bolívia a querer tirar partido dessa situação.
Onze Provável: Carlos Lampe, Luis Gutiérrez, Ronald Eguino, Edward Zenteno, Marvin Bejarano, Erwin Saavedra, Alejandro Meleán, Raúl Castro, Martin Smedberg, Juan Carlos Arce, Yasmani Duk
Ao olharmos para o histórico de confrontos entre Argentina e Bolívia, há um resultado relativamente recente com contornos históricos: Vitória por seis (!) bolas a uma da Bolívia sobre a Argentina, em La Paz, na fase de qualificação para o Mundial de 2010. Desde então, os argentinos já se vingaram da proeza boliviana, nomeadamente em 2015, quando as duas seleções disputaram dois jogos entre si com um “score” de 12 (5-0/7-0) favorável à equipa argentina. Em março deste ano, defrontaram-se em jogo de qualificação para o Mundial 2018 e os argentinos também venceram por duas bolas a zero. Independentemente da versão em que Tata Martino opte por escalonar a sua equipa, a argentina é favorita a vencer este encontro por uma margem superior a um golo.