O Grupo B do Eurobasket 2015 vai disputar-se em Berlim, na Alemanha, e apesar de jogar em casa, o conjunto germânico está longe de poder ser considerado favorito, podendo até ver-se a lutar com dificuldades para terminar nos quatro primeiros lugares. A Espanha chega como o conjunto mais forte, com Sérvia e Itália a prometerem luta, a Turquia a entrar com a Alemanha como candidato a uma posição na segunda fase e a Islândia a correr por fora, sem grandes responsabilidades.

O favorito: Espanha

Pau Gasol

Sem o irmão, Pau Gasol tentará levar a Espanha ao título

Mesmo sem ganhar nada desde 2011, a Espanha promete estar em força nesta edição do Eurobasket com o objetivo de não deixar para mais tarde o apuramento para os Jogos Olímpicos. Sérgio Scariolo volta para ser o técnico e tentar, desta forma, voltar a viver momentos felizes com uma equipa onde Pau Gasol é a referência principal. Depois de uma temporada em grande em Chicago, Pau vem demonstrar que a idade nada lhe diz quanto a estar em grande forma. Para que a sua equipa apresente maior influência dos Bulls, conta ainda com a companhia de Nikola Mirotic, que assim se estreia nas grandes provas com a seleção espanhola, superando Serge Ibaka como o “naturalizado do grupo”.

Mas a seleção espanhola tem muito mais por onde apresentar soluções para vencer partidas. O trio do Real Madrid composto por Sergio Llull, Sergio Rodriguez e Rudy Fernandez oferece uma capacidade inacreditável de dar velocidade ao jogo e infinitas soluções de lançamento. Também Felipe Reyes continua nas contas de La Roja para demonstrar que a experiência é um valor bem apreciado nas grandes equipas de basquetebol do mundo.

As restantes equipas do Grupo B

A Sérvia voltou a reviver momentos de enorme glória no ano passado, ao alcançar a medalha de prata no Mundial, sendo que o técnico Aleksandar Djordjevic não se dará por satisfeito com muito menos do que novo pódio. Ainda assim, a crença dos sérvios é que o ouro europeu lhes poderá pertencer se estiverem ao mesmo nível do verão passado. Milos Teodosic é a peça fulcral da equipa, com Miroslav Raduljica a chegar com a necessidade de provar que o Mundial não foi apenas uma exceção na sua carreira, vindo de um ano complicado na China.

Simone Pianigiani é um dos grandes treinadores europeus e aliando o seu talento a uma geração de italianos com enorme experiência internacional, tem deixado água na boca durante os últimos jogos de preparação. Danilo Galinari será o elemento mais em destaque numa equipa onde Marco Belinelli e Andrea Bargnani têm também uma palavra a dizer, mostrando que o seu jogo, no formato FIBA, ganha novas e espetaculares qualidades.

Mesmo com uma equipa que está longe do seu melhor, a Turquia não deixará de ser um conjunto complicado e tentará desiludir os germânicos que estarão a apoiar a sua seleção. Ersan Ilyasova tem oportunidade de se mostrar a um nível de maior exigência, mas é na juventude da equipa e naquilo que poderão fazer antes de chegar o futuro, que é o lugar onde deverão voltar a levar a Turquia a outras andanças.

Jogar em casa será uma pressão extra ou uma oportunidade para a Alemanha entrar na segunda fase do Eurobasket? Chris Fleming tem a palavra, à frente de uma equipa que voltará a ter Dirk Nowitzki como líder dentro do campo. Ausente de provas com a seleção desde 2011, Nowitzki deverá aproveitar o fator casa na fase de grupos para conseguir empurrar a Alemanha para um bom resultado.

Finalmente a Islândia faz a sua estreia no panorama internacional, demonstrando que uma estratégia da sua Federação e um estilo de jogo bem definido e apoiado nas qualidades globais dos jogadores pode fazer milagres. Jon Stefansson, peça pouco importante do Unicaja Málaga, é o seu jogador de destaque.