Esta semana entramos, definitivamente, na temporada 2016/17. Para trás ficou o Euro 2016 e todas as suas emoções, enquanto muitas equipas por toda a Europa se foram preparando para o início das épocas oficiais. Um dos primeiros campeonatos a disputar a sua jornada inaugural é a Liga Croata, onde o Dínamo Zagreb procura o seu 11º título consecutivo. O poderio do conjunto de Zagreb numa competição que tem uma média de idades bastante baixa, com várias equipas a alimentarem-se em academias onde o talento abunda e a servirem como pólo exportador desse mesmo talento, podem condicionar a capacidade de brilhar nas provas europeias, mas marcam esta competição como uma das mais interessantes para seguir.
Uma vez mais, favorito

Ante Coric na Europa com o Dinamo
São dez títulos consecutivos para o Dínamo Zagreb e é inevitável que voltemos a olhar para este conjunto como o favorito numa competição onde mantém um elevado nível de investimento. O objetivo passará por conseguir continuar a afirmar-se no plano europeu, participando na fase de grupos da Liga dos Campeões, algo que é um objetivo desportivo, mas que acaba, também, por ser uma das garantias para manter uma elevada vantagem sobre a concorrência.
O Dínamo projeta manter um conjunto de jogadores experientes, como Eduardo (campeão da Europa com a seleção portuguesa), Gordon Schildenfeld, Paulo Machado e Soudani, em conjugação com jovens como o paraguaio Ángelo Henriquez, Marko Pjaca, Ante Coric ou o recém-chegado iraniano Ali Karimi. A conjugação da qualidade da sua academia (veja-se a quantidade de jogadores que representam a Croácia no Europeu Sub-19) e esta capacidade de buscar talento fora do país também ajudar o Dínamos a elevar a sua posição, voltando a ser candidato a mais um título.
Os principais perseguidores

Bradaric é líder no meio-campo do Rijeka
O HNK Rijeka transformou-se na equipa que mais frente faz ao Dínamo, tendo sido segundo classificado na Liga nos últimos três anos, para além de também procurar fazer percurso na Liga Europa. Do seu plantel denota-se, sobretudo, a manutenção de três jogadores que estiveram, no ano passado, entre os melhores para a InstatScout, os dois centrais, Mitrovic e Leskovic, e o médio-defensivo Filip Bradaric. Sendo possível que a equipa possa ver sair alguns dos seus jogadores mais importantes até ao fecho do mercado, tem também a oportunidade de, neste início de temporada, marcar diferença para o seu principal rival, que teve vários jogadores em competições internacionais, o que lhes levará a atrasar as férias.
O Hajduk Split tenta, entretanto, regressar aos títulos, fazendo jus a uma história que foi ficando para trás com o predomínio do Dínamo. No seu plantel, existem vários nomes que mereceram destaque nas análises sobre a temporada passada, como o capitão e guarda-redes Kalinic, o lateral-direito Juranovic, o médio-ofensivo Tino Susic e os jovens extremos Fran Tudor e Nikola Vlasic. A chegada de Ante Erceg e Marko Futacs como reforços para o ataque demonstra bem um dos problemas do ano transacto – marcaram menos 21 golos que o Dínamo e menos 10 que o Rijeka. Ultrapassando-o, poderão ficar mais perto do título.
Diferenças irresolúveis

Ejupi foi um dos melhores marcadores do ano passado
Para os restantes sete participantes da prova, existem uma série de diferenças que não lhes permitem sonhar com a chegada ao pódio. Destaca-se que o Slaven de Koprivnica tenha conseguido, para já, segurar Muzafer Ejupi, o segundo melhor marcador do campeonato do ano passado, mas a realidade é que, quem consegue ter algum destaque, acaba rapidamente ou num dos três principais conjuntos ou a receber convites para atuar no estrangeiro.
Quem, no ano passado, mais perto ficou do trio da frente foi o Lokomotiv Zagreb, equipa que conta com vários jogadores emprestados pelo Dínamo e que está também, eta temporada, na Liga Europa, onde depois de eliminar o Santa Coloma, de Andorra, vai defrontar o RoPS da Finlândia.
Boas Apostas!