Andy Murray – Philipp Kohlschreiber (ATP Dubai)
O número um mundial soma e segue no Torneio do Dubai. Até aos quartos de final Andy Murray não encontrou oposição capaz de lhe causar dificuldades: Jaziri e Garcia-López foram despachados em sets diretos. Philipp Kohlschreiber também ainda não cedeu nenhum parcial mas teve que enfrentar alguma luta, tanto por parte de Muller como de Medvedev.
Stan Wawrinka, que defendia o título conquistado em 2016, caiu na primeira ronda. Tomas Berdych não resistiu aos esforços de Haase e foi baixa na segunda eliminatória. Os exemplos servem de aviso ao número um mundial, que até ao momento tem tido via aberta para progredir no ATP 500 do Dubai. Andy Murray passou pelo tunisino Malek Jaziri (6-4, 6-1), quinquagésimo primeiro da hierarquia, sem olhar para trás. E quem pensou que esse encontro tinha sido fácil ficou ainda mais dececionado com a falta de oposição que Guillermo Garcia-López proporcionou ao escocês.
Há que reconhecer a capacidade de concentração de Murray, que abordou as duas partidas com concentração máxima, não facilitando desde o primeiro instante. O líder do ranking aproveitou para ganhar ritmo, depois de mais de um mês sem competir. Desde que foi afastado na quarta ronda do Open da Austrália, por Misha Zverev (7-5, 5-7, 6-2, 6-4) que o britânico não entrava em court. Andy Murray diz que quer voltar ao seu melhor ténis e que aproveitou este tempo fora do circuito para trabalhar certos aspetos mas não está obcecado para segurar o número um mundial. Não vê drama nenhum em perder esse estatuto desde que esteja a jogar ao seu melhor nível. A grande preocupação para esta temporada é tentar fazer um ano mais equilibrado para não ter tanta sobrecarga de encontros no último terço da época.
Murray foi uma vez à final no ATP 500 do Dubai, em 2012, tendo perdido o jogo do título para Roger Federer (7-5, 6-4). A última participação foi à dois anos, altura em que caiu nos quartos de final às mãos do jovem Borna Coric (6-1, 6-3), depois de afastar na etapa anterior o português João Sousa.
Philipp Kohlschreiber também ainda não cedeu nenhum set desde que se estreou nesta edição do ATP do Dubai. Na primeira ronda, o luxemburguês Gilles Muller ainda o empurrou para um tie break, para decidir o derradeiro parcial (6-4, 7-6). Na ronda seguinte, frente a Daniil Medvedev, os dois sets quase foram cópias a papel químico. Em ambos o alemão conseguiu quebrar o serviço do adversário no nono jogo e foi essa margem mínima que lhe deu a vitória nos dois parciais.
Depois da participação no Major Australiano, no qual caiu na terceira ronda, pela mão de Gael Monfils (6-3, 7-6, 6-4), o tenista germânico esteve ao serviço da seleção na Taça Davis e passou pelo torneio de Roterdão, onde foi eliminado nos oitavos de final por Martin Klizan (6-7, 6-4, 6-1).
A melhor marca de Philipp Kohlschreiber no ATP 500 do Dubai foi o apuramento para a meia-final de 2014, tendo sido então afastado por Tomas Berdych, por duplo 7-5. No ano passado ficou-se pelos quartos de final, altura em que atravessou o percurso daquele que viria a reclamar o título nos Emirados Árabes Unidos, Stan Wawrinka (7-5, 6-1).
O melhor resultado de 2017 do tenista alemão, vigésimo nono do ranking ATP, foram os quartos de final em Sidnei. Acabaria por ter que abandonar, mesmo antes da partida que o devia opor a Viktor Troicki, com uma lesão nas costas.
| 2015 | Masters de Madrid | Murray | 2 | 6 | 3 | 6 | 2R |
| Kohlschreiber | 1 | 4 | 6 | 0 | |||
| 2015 | Munique | Murray | 2 | 7 | 5 | 7 | F |
| Kohlschreiber | 1 | 6 | 7 | 6 | |||
| 2015 | Indian Wells | Murray | 2 | 6 | 3 | 6 | 3R |
| Kohlschreiber | 1 | 1 | 6 | 1 |
O registo de confrontos diretos dá cinco triunfos a Andy Murray e um a Philipp Kohlschreiber, sendo que dois terços dos embates aconteceram em terra batida. Os mais recentes já remontam a 2015, com o escocês a vencer a final de Munique e a segunda ronda do Masters 1000 de Madrid por dois sets a um.
