Andy Murray – João Sousa (ATP – Cincinnati)
João Sousa, o tenista português mais bem cotado de sempre, segue para a segunda ronda do Masters 1000 de Cincinnati, depois de suada vitória sobre Chase Buchanan. À sua espera está o escocês, campeão olímpico, Andy Murray. Seja qual for o resultado, para Sousa já é lucro. No ano passado não passou da qualificação. Mas Murray tem posições a recuperar no ranking e mais algumas coisas a provar. João será capaz de uma surpresa?
Depois dos cinco títulos em 2012, e os quatro do ano passado, Andy Murray ainda não consegui voltar a reclamar um troféu esta temporada. Aliás, o escocês não foi sequer capaz de marcar presença numa final de um torneio ATP. Todos conhecemos os acontecimentos: a lesão nas costas, seguida de cirurgia e a difícil recuperação; o romper da parceria com Ivan Ledl. Facto é que Murray ainda não foi capaz de se reencontrar, no sentido em que tem sido incapaz de encontrar aquela consistência que, por fim, o elevou ao mais alto patamar do ténis mundial. No arranque de Wimbledon, onde chagava como campeão em título, o escocês anunciou finalmente a escolha do substituto de Ledl: a antiga campeã francesa Amélie Mauresmo. A colaboração passou por um período experimental para ambas as partes perceberem se havia compatibilidade e foi entretanto confirmada. Desde lá, Andy já parece mais centrado mas ainda lhe falta percorrer uma extensão considerável para recuperar o seu lugar entre o top-4. Não quero com isto dizer que o escocês tenha deixado de ser um adversário temível. No que respeita a prestações nos três Majors da época, temos Murray em dois quartos-de-final – no Open da Austrália foi eliminado por Federer por 6-3, 6-4, 6-7 e 6-3, em Wimbledon por Dimitrov por 6-1, 7-6, 6-2 – e uma semifinal – em Roland Garros caiu às mãos de Nadal por 6-3, 6-2 e 6-1. Marcou ainda presença em quatro quartos – Roterdão, Miami, Roma e Toronto – e numa semifinal – em Acapulco.
Sousa ascendeu esta semana à trigésima sétima posição do Ranking ATP. Aos vinte e cinco anos, o tenista vimaranense discutiu pela segunda vez a final de um torneio ATP, em Bastad, na Suíça. Infelizmente, não conseguiu repetir o sucesso de Kuala Lumpur mas fica a indicação de que vai continuar a tentar chegar lá. Esta temporada, o português tem cruzado com regularidade o caminho dos tenistas do Top-10. Nadal no Rio de Janeiro (6-1, 6-0); Murray em Acapulco (6-3, 6-4); Berdych em Miami (6-2, 6-4); Djokovic em Paris (6-1, 6-2, 6-4); Federer em Halle (6-7, 6-4, 6-2) e Wawrinka em Londres (6-3, 6-4, 6-3). Apesar das derrotas ficaram as lições de ténis e a experiência de competir com a elite. O que aumenta a cotação de qualquer profissional. Os pontos de destaque da temporada foram os quartos-de-final no Rio – derrotado pelo então n.º 1 mundial, Rafa Nadal – a meia-final em Hertogenbosch, onde perdeu para Benjamin Becker (6-3, 7-6), e a final de Bastad, vencida por Pablo Cuevas pelos parciais de 6-2 e 6-1. Na primeira ronda do Masters de Cincinnati, João Sousa teve que se aplicar para deixar Chase Buchanan (172º) para trás. O norte-americano obrigou o luso a três sets, todos eles decididos em tie-break, testemunho evidente do equilíbrio da partida (5-7, 6-7, 6-7).
Andy Murray e João Sousa já se defrontaram duas vezes antes, ambas com vitória para o escocês. Em 2013, na segunda ronda do Open da Austrália, por três sets a zero (6-2, 6-2, 6-4); Já este ano, no México, dois sets sem resposta (6-3, 6-4).
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