Em São Paulo, a semana fica marcada pelo início de mais uma edição do campeonato Estadual. Tal e qual como no Rio de Janeiro, as competições locais já conheceram melhores dias, carecendo do “glamour” de outrora. O quarteto de favoritos é encabeçado por Corinthians e Palmeiras, enquanto Santos e São Paulo procuram superar as expectativas. Entre os emblemas de menor expressão, as dificuldades financeiras não permitem muito mais que aproveitar os recursos internos e o recrutamento de alguns jovens sem lugar em emblemas de outra dimensão.
O Corinthians, campeão brasileiro, parte na “pole” no que diz respeito à lista de favoritos à conquista do Estadual. A direção do clube continua a confiar em Fábio Carille para o comando técnico de uma formação que perdeu três unidades importantes: Arana, Jô e Pablo. O “Timão” esteve (e está no mercado) mas não garantiu nenhum nome sonante até ver. Aquilo que se pode esperar deste Corinthians não difere muito em relação às últimas temporadas: um início em ritmo de pré-época e, com o aproximar dos jogos da Libertadores e da fase decisiva do Estadual, uma forma de encarar a competição mais séria, sem as experiências que costumam caraterizar esta etapa inicial em que há espaço para os jovens mostrarem valor. A equipa não entrou bem na prova ao perder com a Ponte Preta.
O Palmeiras é, de entre os “grandes” e São Paulo, aquele que melhor se reforçou para a atual temporada. Garantiu Weverton para a baliza, Marcos Rocha, Lucas Lima e Gustavo Scarpa. A principal saída foi a de Mina para o Barcelona, defesa que até poderá ser rendido pelo regressado Thiago Martins no eixo defensivo, embora o “Verdão” continue no mercado. Após uma temporada instável em que o Palmeiras passou o “testemunho” ao Corinthians, a direção do clube volta a fazer um investimento interessante e optou por contratar Roger Machado, técnico que privilegia um futebol positivo e, nas suas passagens por Atlético e Grêmio, foi como tantos outros vítima da impaciência aquando de um ciclo de resultados menos bons.
O Santos também tem novo comandante. Jair Ventura, treinador credenciado pelo bom trabalho desenvolvido à frente do Botafogo, chegou à Vila Belmiro. Para São Paulo viajaram também Eduardo Sasha (ex-Inter) e Romário (ex-Ceará). Ricardo Oliveira, Zeca e Lucas Lima já não pertencem ao “Peixe” e o investimento realizado até agora aparenta não ser suficiente para discutir o Estadual com equipas que têm outro manancial de opções como o Corinthians ou o Palmeiras. Na Vila, ainda há quem suspire pela possível chegada de “Gabigol”.
O estranho caso do São Paulo. 2017 foi um ano para esquecer para o “Tricolor Paulista”, obrigado a lutar pela manutenção até às últimas jornadas do campeonato brasileiro. Para a nova temporada, não se verificou um grande investimento: a direção optou por manter Dorival Junior no comando, viu partir jogadores importantes como Hernanes e Lucas Pratto, mas só se reforçou com o médio ex-Benfica Diego Souza. A saúde financeira do clube obriga a alguma contenção e os responsáveis do clube aparentam crer que o facto de terem uma base que transita da época anterior poderá ser benéfico. Neste início de temporada, isso poderá ser claramente uma vantagem, com o avançar da época, logo se verá.
A temporada passada também não correu bem à Ponte Preta, relegada para a Série B depois de ter sido vice-campeã Paulista na primeira metade da temporada. Para o novo ano, Eduardo Baptista manteve-se em funções, mas o plantel foi todo ele reformulado, verificando-se uma aposta na juventude.
Boas Apostas!