Almería – Getafe (La Liga 2)
A 20ª jornada do segundo escalão espanhol coloca frente a frente dois emblemas que até há bem pouco tempo estavam entre a elite futebolística do país vizinho. Almería e Getafe, conjuntos em situações completamente distintas do ponto de vista classificativo, defrontam-se esta sexta-feira no estádio dos Jogos Mediterráneos.
A época 2015/16 marcou o regresso do Almería ao segundo escalão espanhol. A equipa do sul de Espanha cumpre a segunda época na prova e o seu percurso tem ficado marcado por muitas dificuldades, tanto que na última época só assegurou a manutenção na última ronda, terminando na 18ª posição da pauta classificativa com 48 pontos, apenas mais um que o Ponferradina, imediatamente abaixo com 47 pontos. Esta época, à 20ª jornada, o Almería possui mais três pontos que no ano passado mas permanece em lugar de descida, pese embora a proximidade face aos concorrentes mais diretos: AD Alcorcón (22), Mirandés (22), Rayo Vallecano (22) e Numancia (23).
Apesar da posição delicada em termos classificativos, o Alméria apresenta um histórico positivo no que diz respeito a jogos disputados em casa, tanto que conquistou 18 dos 21 pontos que possui no estádio dos Jogos Mediterrâneos. Nove jogos, cinco vitórias, três empates e uma derrota é o saldo da equipa que luta pela subsistência no segundo escalão espanhol, pretendendo ampliar a atual série de quatro vitórias caseiras de modo consecutivo na receção ao Getafe. O Almería, habitualmente organizado num 1x4x4x2 quando joga em casa, fez pelo menos um golo em sete dos nove jogos que disputou em casa e só não consentiu golos em uma ocasião. As bolas paradas defensivas têm sido um grande problema para o Almería.
O treinador Fernando Soriano tem a equipa praticamente na máxima força para este primeiro desafio no novo ano. A excepção é Jonathan Zongo, atleta que se prepara para participar na Taça das Nações Africanas ao serviço do Burkina Faso.
Onze Provável: Casto Espinosa, Nano González, Ximo Navarro, Ángel Trujillo, Jorge Morcillo, Fidel Chaves, Pape Diamanka, José Angél Pozo, Antonio Puertas, José Ángel Jurado, Quique González
Se há oito anos atrás o Getafe era um dos representantes espanhóis nas competições europeias (Taça UEFA), hoje a situação do emblema dos arredores de Madrid é bem distinta. A descida de divisão foi consumada no fim da época 2015/16 e o Getafe – emblema com fundação relativamente recente (1983) e que carece de identificação por parte dos adeptos (já foi abordada a possibilidade de mudar o clube para outra área geográfica) – tem rubricado um percurso que permite perspetivar um regresso a breve de prazo. Depois de um início muito modesto – apenas uma vitória em oito jogos – que resultou no despedimento do treinador argentino Juan Esnáider após um empate sem golos em Tenerife. José Bordálas assumiu o comando e venceu os dois primeiros jogos – frente ao UCAM Murcia CF (2-0) e ao Lugo (0-1) – que marcaram um verdadeiro “volte face” na campanha do Getafe. Desde então, a equipa dos arredores da capital disputou mais 11 jogos e só perdeu uma vez, no terreno do “lanterna vermelha” Nàstic (1-0). Venceu quatro dos últimos cinco jogos que disputou e quer entrar em 2016 com o pé direito, até porque uma vitória no reduto do Almería permitira ascender ao segundo lugar à condição e pressionar o Girona.
Detentor de um registo normal em termos ofensivos (21 golos em 19 jogos), o Getafe é uma equipa que se tem destacado sobretudo a nível defensivo, com 17 golos sofridos até à data, registo apenas superado pelo líder Levante (14 golos sofridos) e pelo Reus (15). Ainda assim, sofreu quatro golos nos últimos cinco jogos que disputou em 2016.
Onze Provável: Alberto García, Francisco Molinero, Damián Suárez, Juan Cala, Nicolás Gorosito, Medhi Lacen, Paul Anton, Francisco Portillo, Álvaro Jiménez, Jorge Molina, Dani Pacheco
Os últimos encontros entre Almería e Getafe a título oficial datam da época 2014/15, altura em que se defrontaram quatro vezes (duas na Liga BBVA e outras tantas na Copa del Rey). Apesar de estarem a protagonizar épocas totalmente distintas, prevê-se uma partida equilibrada. O Getafe sabe perfeitamente que poderá passar por dificuldades, até porque a derrota em casa do necessitado (e último colocado) Nàstic está bem presente na memória dos homens comandados por José Bordálas.