A jornada vinte e sete da Premier League tinha como ponto alto um Liverpool vs Arsenal. Com os clubes encostados uns aos outros no topo da tabela a cedência de pontos podia empurrar uma das equipas para fora dos lugares europeus. Os Reds, picados pelo desaire frente ao Leicester, entraram a matar na partida. Os Gunners iam sem Ozil e Wenger optou por deixar Alexis Sánchez no banco durante a primeira parte. O Arsenal só não caiu para sexto porque o United tropeçou também no sábado. Mas os críticos do treinador francês receberam novas munições.

United fraqueja

Deixar o clileno no banco, quando já não tinha Ozil, foi uma opção técnica que surpreendeu toda a gente. E só beneficiou o Liverpool.

Deixar o clileno no banco, quando já não tinha Ozil, foi uma opção técnica que surpreendeu toda a gente. E só beneficiou o Liverpool.

O Manchester United tinha uma tarefa clara: vencer o jogo que abria a jornada, em Old Trafford, frente ao AFC Bournemouth, para saltar para o top-5. Parece simples mas, mais uma vez, os pupilos de José Mourinho falharam no momento do ataque ao castelo dos lugares europeus. No melhor pano cai a nódoa e Zlatan Ibrahimovic, que tantas vezes esta época já salvou o United in extremis, falhou a marcação da grande penalidade que daria aos Red Devils o triunfo. O jogo terminou empatado e fica tudo como antes no quartel de Abrantes. Sexta posição, um ponto atrás do Arsenal. Vencer a Liga Europa é, cada vez mais, o caminho mais certo para garantir que o Man United vai à Liga dos Campeões na próxima temporada. Sim, eu sei que as probabilidades não são famosas.

Arsenal dá quarenta e cinco minutos de avanço ao Liverpool

Já se sabia que o Arsenal não teria deslocação fácil a Anfield. Os Reds tinham ido vencer ao Emirates na jornada de abertura da Premier League e as duas formações estão a lutar entre si por um lugar no top-4, à partida com um ponto apenas de separação. As duas equipas estavam a precisar de uma murro na mesa na forma de uma vitória assertiva, depois de resultados difíceis de engolir. O Liverpool tinha ido perder a casa do Leicester City (3-1), um adversário que passa por conturbações internas e ocupa uma posição desconfortável na classificação geral. O Arsenal tinha sofrido uma goleada humilhante, mais uma, na visita à Allianz Arena (5-1).

Desde a lesão que Philippe Coutinho não fazia uma exibição deste nível. Só faltou o golo.

Desde a lesão que Philippe Coutinho não fazia uma exibição deste nível. Só faltou o golo.

Os Gunners viajaram sem Mesut Ozil. O médio alemão foi aconselhado pelo médico da equipa a ficar em casa para curar os sintomas gripais. Pelo menos é essa a história oficial. Ozil já tinha ficado de fora das contas do encontro da Taça de Inglaterra. O espanto maior foi quando Arsène Wenger decidiu deixar Alexis Sánchez no banco. O chileno tem sido, sem comparação possível, o elemento do Arsenal mais inconformado e o mais capaz de mexer positivamente com o rendimento da equipa. Coquelin fez dupla com Granit Xhaka, na primeira linha de meio-campo. Pelo menos até ao início do segundo tempo, quando, já a perder por 2-0, Wenger resolveu chamar Alexis a jogo, fazendo sair o médio francês. Foi dele a assistência para o golo de Danny Welbeck. Os jornais falam de um desentendimento entre o treinador e a sua estrela maior, o que pode ter levado ao “castigo” de Alexis Sánchez ficar de fora dos titulares. Seja como for, se havia uma estratégia concertada para travar o ímpeto inicial do Liverpool, claramente saiu furada. E os muitos críticos de Wenger ganharam novas munições.

O trio da frente dos Reds esteve ao rubro. Roberto Firmino e Sadio Mané foram os autores dos golos que criaram distância, os dois primeiros. Philippe Coutinho não marcou mas fartou-se de perfumar as jogadas ofensivas da equipa. Foi, sem sombra de dúvida, a melhor exibição do brasileiro desde que regressou de lesão. As duas equipas trocam de posições na tabela da Premier League. O Liverpool passa a quarto, com cinquenta e dois pontos, dois acima do Arsenal.

Boas Apostas!