Alemanha – Espanha (Europeu Sub-21)
O Grupo B parecia prometer uma luta desigual entre Espanha, com um grupo de jogadores todos eles preparados para estarem, já, num nível mais elevado, e os restantes países, apesar de talentosos. No entanto, pelo que se viu na primeira jornada, La Rojita tem que se afirmar perante adversários que têm muita qualidade e que, taticamente, podem conseguir levar os espanhóis a sentirem muitas dificuldades. Foi o que se passou no encontro frente à Rússia e, se o técnico alemão tomar as opções certas na antevisão desta partida, poderá repetir-se frente aos germânicos.
A Alemanha mostrou duas caras frente à Holanda. No primeiro tempo, a equipa cedeu muito espaço aos laranjas para que estes criassem perigo, levando a que a sucessão de ataques resultasse em dois golos para a Holanda. Em ambos os casos, Leno, o guarda-redes do Bayer Leverkusen e da seleção alemã, pareceu ficar algo mal na fotografia. Para além dessas desconcentrações defensivas, o técnico Rainer Adrion pareceu errar ao chamar para o onze Mlapa, sobretudo por o colocar numa posição de extremo, algo que não beneficia em nada as condições físicas apresentadas pelo possante avançado de origem togolesa. Assim, sempre que a Alemanha tentava evoluir no terreno, as suas peças na frente sentiam dificuldade em fazê-lo em velocidade, acabando num constante desequilíbrio. Mlapa acabou por sair ainda na primeira parte, dando o seu lugar a Volland, e as mudanças não demoraram a sentir-se. Lewis Holtby tomou as rédeas da equipa germânica e deu espetáculo durante o segundo tempo, jogando e fazendo jogar os seus companheiros. No entanto, nova desconcentração defensiva, perto do final, viria a derrotar a Alemanha. Caso o conjunto orientado por Rainer Adrion consiga manter-se focado defensivamente, tendo em Holtby e numa escolha mais acertada de extremos, setas apontadas à baliza de De Gea, poderá mesmo discutir o resultado frente aos poderosos espanhóis.
Onze provável: Leno – Sorg, Ginter, Thesker, Jantschke – Rudy, Rode – Clemens, Holtby, Volland – Mlapa.
A Espanha sentiu mais dificuldades do que estaria à espera para ultrapassar a Rússia. A grande questão da primeira parte girou em torno do posicionamento de Isco, que, no meio, surgia fechado pelo esquema defensivo dos russos, o que o colocou, durante grande parte desse tempo, fora do jogo. A Espanha trocava a bola, mas raramente conseguia chegar com qualidade perto da área, demonstrando também que o jogo pausado, de toca e passa, não parece muito favorável a esta geração de jogadores, que conta com extremos muito rápidos e tenderá a aproveitar melhor as suas caraterísticas quando procura passes rasgados para explorar a velocidade de Tello, Muniain e do próprio Isco. Julen Lopetegui percebeu isso e, ao intervalo, deslocou Isco para o corredor, onde o jogador do Málaga começou a dar espetáculo. No entanto, só com a saída de Muniain – muito apagado – e a entrada de Morata, descendo Rodrigo para segundo avançado, os espanhóis pareceram encontrar o seu melhor desenho. O jovem avançado do Real Madrid é um ponta-de-lança insaciável, enquanto Rodrigo está mais confortável com espaço. Neste formato, também os laterais encontram mais espaço para explorar as subidas, como muito bem fez Montoya, no corredor direito, enquanto Alberto Moreno optava por ser mais posicional. Frente aos alemães, Julen Lopetegui poderá promover algumas alterações, no sentido de conseguir fechar mais cedo o encontro a seu favor.
Onze provável: De Gea – Montoya, Bartra, Iñigo Martínez, A. Moreno – Illarramendi – Tello, Thiago Alcântara, Isco – Rodrigo – Morata.
A Alemanha tem a difícil missão de precisar de vencer para continuar na corrida para as meias-finais. Com mais ou menos dificuldades, a Espanha é equipa para vencer este jogo, procurando, pelo meio, afirmar a sua superioridade no grupo, mostrando mais qualidade e, seguramente, marcando mais golos do que no primeiro encontro.
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