Alemanha – Eslováquia (Euro 2016)

A Alemanha entra em qualquer jogo como grande favorita e aqui essa condição só pode ser realçada. Os atuais campeões do mundo enfrentam a Eslováquia, que faz em França a primeira presença numa fase final de um Europeu. Mas na prática os alemães podem esperar uma partida difícil. Os eslovacos, liderados por Marek Hamsik, estão a fazer história e buscar confiança ao facto de terem batido os germânicos há um mês, em jogo amigável.

A Alemanha garantiu a passagem aos oitavos de final deste Europeu a vinte e quatro vencendo o respetivo grupo. Como se esperava teve forte concorrência da Polónia e as duas seleções acabaram a fase de grupos empatadas em pontos (sete). O desempate fez-se pelos golos, neste caso os marcados já que nem uma nem outra sofreram.

Die Mannschaft entrou muito bem no Euro 2016, mostrando logo à primeira que estava em França para ir atrás do quarto título europeu, aquele que continua a escapar durante o reinado de Joachim Low. Mesmo o nulo com os polacos, na segunda jornada, teve muito mérito, de parte a parte. No encontro que fechava a fase de grupos, frente à Irlanda do Norte, podia ter goleado, tantas foram as situações de perigo criadas, mas só o golo de Mario Gómez acabaria por entrar. Thomas Muller, que nos habituou a aparecer nas principais competições ainda está em branco.

A Alemanha continua a ser uma grande equipa. Muito estruturada, grande preparação e conhecimento do jogo. Os jogadores entram e saem mas continuam a poder jogar de olhos vendados, tais são os automatismos. A parte da concretização não tem sido a mais esfuziante mas também sabemos que quando as coisas apertam alguém aparece, porque são muitas as opções e soluções.

Chegado aqui, Low tem apenas um elemento em dúvida. Jerôme Boateng saiu a mancar do encontro com os Irlandeses. Há quarenta e quatro anos que a Alemanha não falha um Europeu de futebol mas o último dos três títulos que tem na competição – 72, 80 e 96 – já foi conquistado há duas décadas. Muitos pensaram que Low iria abandonar o comando da seleção germânica após o Mundial do Brasil mas ele continua aqui. Uma das razões para essa continuidade é precisamente perseguir o título que lhe tem escapado. Esteve muito perto em 2008, perdendo apenas na final, e no Euro 2012 caiu na meia-final, às mãos da Itália.

Onze Provável: Neuer – Kimmich, Hummels, Boateng, Hector – Kroos, Khedira – Muller, Ozil, Gotze – Gómez.

O objetivo da Eslováquia ao partir para este Euro 2016 – passar a fase de grupos – já foi alcançado. É a primeira vez dos eslovacos entre a elite do futebol europeu e logo na primeira presença conseguiram passar aos oitavos de final. A qualificação foi feita via um dos melhores terceiros. O sorteio colocou-os num grupo complicado no sentido em que era bastante equilibrado, não havia aqui elos mais fracos evidentes. No fim das contas País de Gales (7) e Inglaterra (5) garantiram o apuramento direto e a Rússia (1) foi para casa.

A Eslováquia entrou a perder, cedendo os três pontos a Bale e companhia. Mas recompôs-se muito bem de forma a bater os russos na segunda partida. Ao intervalo já tinham dois golos de vantagem (2-1), com Hamsik e Weiss a alternarem nos golos e assistências. No terceiro jogo frustraram o ímpeto inglês, forçando um empate sem golos e assim somando o quarto ponto que lhes valeria a passagem à fase seguinte.

Ján Kozák também tem um jogador que suscita preocupação. Robert Mak será reavaliado no dia do jogo para perceber até que ponto a questão muscular é impeditiva.

Onze Provável: Kozácik – Pekarik, Skrtel, Durica, Hubocan – Mak, Kucka, Pecovisky, Hamsik, Weiss – Duda.

Alemanha	1-3	Eslováquia	Amigáveis 2016
Alemanha	2-1	Eslováquia	Euro 2008 (Q)
Eslováquia	1-4	Alemanha	Euro 2008 (Q)

Alemanha e Eslováquia contam cinco confrontos diretos. Os germânicos venceram três, incluindo os dois da fase de qualificação para o Euro 2008. Os eslovacos contam dois triunfos, ambos em amigáveis, incluindo o mais recente, no final de maio passado. Hamsik, Duris e Kucka marcaram para a Eslováquia; a Alemanha só conseguiu reduzir de penálti, por Gómez.