Alemanha – Camarões (Taça das Confederações)
Com a selecção alemã a revelar uma série de características que são mais inerentes ao seu futebol do que a jogadores em particular, a terceira jornada deste Grupo B apontará para um confronto em que os germânicos têm tudo para garantir passagem às meias-finais, sendo que até o facto de lhes bastar o empate os beneficia nas contas para o apuramento. Os Camarões não resistiram aos minutos finais na partida da primeira jornada e desiludiram no confronto com a Austrália, estando agora dependentes de uma vitória num dos jogos mais complicados que terão que fazer.
A Alemanha vai demonstrando que a aposta de Joachim Low pode sair vencedora, apesar de estar a jogar a um nível mais baixo do que o faria com todas as suas estrelas. Podemos olhar primeiro para os problemas que a equipa sentiu, na primeira jornada com vários erros defensivos que não lhe permitiram vencer por uma margem superior, na segunda jornada, e sobretudo no primeiro tempo, com enormes dificuldades para sair com a bola controlada para o ataque. No entanto, aquilo que nos foi possível ver é que, ultrapassadas estas dificuldades, vem ao de cima o estilo de jogar alemão, característica que unifica os seus jogadores e lhes oferece segurança para recuperar dos maus momentos colectivos. Essa qualidade surgiu com o retomar da posse de bola e o reencontrar de espaços entre-linhas para explorar o seu ataque, desequilibrando a defensiva chilena e sabendo como marcar. O que vimos na segunda parte do jogo entre Alemanha e Chile foi também a compreensão da força de ambos os conjuntos, que com a divisão dos pontos ficaram bem mais perto de assegurar o apuramento para as meias-finais, onde chegarão com capacidade para se reencontrarem na final. Uma espécie de pacto de não-agressão com reencontro marcado para o jogo decisivo, onde essas forças terão que ser confirmadas e potenciadas, de maneira a fazer diferença.
Onze Provável: ter Stegen – Ginter, Mustafi, Sule – Kimmich, Can, Rudy, Hector – Goretzka, Draxler – Stindl.
Os Camarões têm ficado aquém do esperado para esta sua participação na Taça das Confederações, nem confirmando a estabilidade defensiva que era o seu ponto forte na Taça das Nações Africanas, nem revelando o acerto ofensivo que o seu estilo de jogo promete. Perante o Chile, a resistência foi quebrada a dez minutos do final, depois de se ter sentido em perigo desde a entrada, na segunda parte, de Alexis Sánchez. Perante a Austrália, mais e melhores sinais de qualidade ofensiva, mas com a equipa camaronesa a não conseguir aguentar a vantagem, cometendo um pénalti e acabando por somar apenas um ponto. Agora é preciso vencer e nem a vitória é garantia de apuramento para as meias-finais, frente a uma Alemanha que tem vindo a demonstrar qualidades bem acima das patenteadas pelo campeão africano.
Onze Provável: Ondoa – Mabouka, Ngadeu-Ngadjui, Teikeu, Fai – Djoum, Siani, Zambo Anguissa – Bassogog, Aboubakar, Moukandjo.
Um único jogo oficial entre as duas selecções, em 2002, com vitória para os alemães, que nunca foram derrotados pela selecção dos Camarões.
Vantagem para o conjunto germânico, que tem tudo a seu favor para conseguir o apuramento, independentemente do resultado obtido.
