Albânia – Espanha (Mundial 2018)
No momento do sorteio, o Grupo G deixou logo a ideia de que estaríamos perante uma disputa que não permitiria qualquer escorregadela a nenhum dos principais intervenientes. O primeiro lugar parece apontado para Espanha ou Itália, que na passada quinta-feira empataram a uma bola, deixando-as ambas com tudo em aberto. Mas, pelo flanco, surge uma terceira candidata, a Albânia, que já mostrou, na fase de qualificação anterior e no Euro 2016, uma boa imagem daquilo que pode provocar em equipas mais fortes. Mantendo ainda a lógica que os mais fortes, neste grupo, não podem falhar, caberá à Espanha destronar os albaneses do primeiro lugar que assumiram esta semana.
A Albânia quer continuar a surpreender a Europa e, de certa forma, este grupo permite-lhe atuar sem qualquer pressão, depois de se ter estreado no Euro 2016. Talvez seja até favorável, mesmo colocando em causa a sua entrada no Mundial, ter caído num grupo onde terá pela frente Espanha e Itália, apresentando-lhe desafios que poderão continuar a potenciar uma equipa que prefere jogar na expetativa, mas com uma intensidade bem elevada sempre que tem bola. Nos jogos disputados neste grupo, até agora, a Albânia esteve à prova com outra face, já que teve que ultrapassar a Macedónia, em casa, vencendo 2-1, seguindo-se uma deslocação ao Liechenstein, onde também não teve dificuldades para vencer por 2-0. Recebendo a Espanha, os albaneses terão que ter em enorme atenção a capacidade de desequilíbrio com posse e também o não dar qualquer espaço ao jogador que surja na área, seja ele Diego Costa, seja Morata. Ao mesmo tempo, consciência total para o técnico que uma distração, neste jogo, pode ser fatal. Gashi é a maior ausência do conjunto albanês. Poderá a Albânia surpreender?
Onze Provável: Berisha – Hysaj, Djimsiti, Mavraj, Aliji – Kukeli, Xhaqa, Abrashi – Roshi, Lenjani – Balaj.
A grande exibição da Espanha durante a primeira parte em Turim terá feito pensar, por momentos, que a distância entre as duas seleções tinha voltado a aumentar exponencialmente. Os espanhóis jogavam com um meio-campo a dar um recital de posse de bola, perante uma Itália que até a defender tinha dificuldades, recuando em demasia para dar metros e metros à Espanha para pensar o jogo. Quando os transalpinos recuperavam a bola, viam-se pressionados bem alto pelos espanhóis e também não conseguiam sair. Um predomínio intenso de tudo o que acontecia no jogo, mas sem golo, o que acabaria por ser prejudicial para o plano de somar três pontos. Ainda assim, a Espanha colocou-se em vantagem, num lance em que Vitolo aproveita uma má abordagem de Buffon para marcar numa baliza deserta. Este lance teve, no entanto, o condão de despertar a Itália, que conseguiu pegar no jogo e acabou por cima, tendo marcado o empate através de grande penalidade e beneficiando mesmo dos melhores lances para conseguir um segundo golo. Jordi Alba saiu lesionado e foi substituído na convocatória por Nacho Monreal, embora seja o outro Nacho, do Real Madrid, o candidato a ser titular, depois de ter estado em bom plano quando foi chamado a jogo. A grande questão de Julen Lopetegui poderá estar na utilização de Diego Costa ou Álvaro Morata na frente de ataque. O jogador do Chelsea mantém elevada intensidade no confronto com as linhas defensivas, mas Morata é bastante superior na forma como faz jogar a sua equipa.
Onze Provável: De Gea – Carvajal, Piqué, Sérgio Ramos, Nacho – Koke, Busquets, Iniesta – Nolito, Morata, David Silva.
O histórico de confrontos é muito favorável à Espanha, que venceu todos os cinco confrontos que teve perante a Albânia. No entanto, o último desses jogos realizou-se em 1993 e, desde então, o contexto futebolístico dos dois países mudou radicalmente. A Espanha mantém-se como clara favorita para somar os três pontos, mas a Albânia não deixará de dar muita luta e poderá conseguir, mesmo perdendo, fazê-lo por margem mínima.