Al Ain – Real Madrid (Mundial de Clubes 2018)

Vencedor das últimas duas edições da competição, o Real Madrid quer conquistar o Mundial de Clubes pela terceira vez consecutiva. Só um grande choque poderá afastar a equipa “merengue” da conquista do troféu.

Independentemente daquilo que aconteça na final, há um estatuto que já não foge ao Al Ain: o de grande surpresa do Mundial de Clubes 2018. A equipa dos Emirados Árabes Unidos está a participar na prova na condição de representante da nação anfitriã e, para chegar a esta final, já teve que ultrapassar três adversários, um deles o campeão sul-americano River Plate.

O atual terceiro colocado do campeonato dos Emirados Árabes Unidos – com menos um encontro disputado e menos três pontos que o líder Al Sharjah – iniciou a sua participação no Mundial de Clubes frente ao Team Wellington, representante da zona OFC na competição. Apesar de ter entrado no desafio com estatuto de favorito à vitória, o Al Ain esteve mesmo a perder por três bolas a zero (!), mas conseguiu empatar o duelo com golos de Tsukasa Shiotani, Tongo Doumbia e Marcus Berg, adiando a decisão para as grandes penalidades, etapa em que levaria a melhor por quatro bolas a três. Nos “quartos”, com o favoritismo todo do lado do campeão africano Espérance de Tunis, o Al Ain voltou a impor-se e de forma categórica, ao triunfar por três a zero com golos de Mohamed Ahmad, Hussen El Shahat e Bandar Al Ahbabi. No entanto, o maior “escândalo” estava reservado para as meias. No confronto com o River Plate, recém coroado campeão sul-americano, o Al Ain entrou a vencer, deixou que o adversário passasse para a frente do marcador ainda no primeiro tempo e viria a resgatar um empate a dois golos. Nas grandes penalidades, voltou a ser mais forte, tal como já tinha sido diante do Wellington, e garantiu o acesso à final com uma vitória por 5-4.

Ainda que não se tenha estreado a marcar na competição, nota para a qualidade do brasileiro Caio Fernandes, um dos principais agitadores da equipa que também conta com os préstimos do internacional sueco Marcus Berg. Este poderá ser o “jogo de uma vida” para vários atletas do Al Ain que de tudo farão para chegar ao golo.

Onze provável: Essa; Shiotani, Fayez, Ismail, Ahmad; Abdulrahman, Barman, Doumbia; El Shahat, Berg, Caio

Santiago Solari tem a primeira grande oportunidade para conquistar um título ao leme do Real Madrid, sendo certo que o treinador argentino estará capacitado de que a vitória será encarada como algo “natural” e um cenário de derrota poderá resultar no seu despedimento. A diferença de qualidade entre as duas equipas é mais que evidente e por muito que organizada e consistente que seja a equipa do Al Ain nesta partida, a maior qualidade “merengue” em todos os capítulos de jogo deverá acabar por vir ao de cima, tal e qual como aconteceu no encontro das meias-finais frente ao Kashima Antlers, o único disputado pelo Real até à data nos Emirados Árabes Unidos. Sem precisar de apresentar a sua melhor versão, o Real venceu o Kashima Antlers, campeão asiático, por três bolas a uma com um “hat-trick” de Gareth Bale.

O Real Madrid tem todas as condições para acrescentar mais um Mundial de Clubes ao seu extenso palmarés sem precisar de se prestar a um grande esforço.

Onze provável: Courtois; Carvajal, Varane, Ramos, Marcelo; Modric, Kroos, Casemiro; Bale, Benzema, Lucas

Adivinha-se uma vitória tranquila para o lado do Real Madrid, embora o Al Ain tenha hipótese de fazer o seu golo.