África do Sul – Mali (CAN 2013)
No segundo jogo relativo aos quartos-de-final da Taça das Nações Africanas, a África do Sul, país organizador, enfrenta o Mali. Depois de ter vencido o Grupo A, mesmo sem convencer, a equipa da casa conseguiu ganhar confiança para enfrentar um adversário que, na mesma nota, espera pelos jogos decisivos para mostrar toda a sua força.
Gordon Igesund fez alterações profundas no seu onze depois de empatar a zero frente a Cabo Verde, tendo conseguido uma vitória por 2-0 frente a Angola e um empate a dois com Marrocos, o que lhe valeu o primeiro lugar. A defesa foi onde menos alterações foram feitas. Khune foi o guarda-redes utilizado nas três partidas, Ngcongca manteve-se como lateral direito, Khumalo e Sangweni como centrais e Masilela tornou-se no lateral esquerdo preferencial, depois de começar no banco.
Daqui para a frente, quase tudo mudou. Mahlangu é o médio mais defensivo, enquanto Dean Furman se afirmou como um box to box de qualidade. A jogar no Oldham, das divisões secundárias inglesas, este jogador terá sido aquele que mais impacto teve na mudança de atitude dos Bafana Bafana, conseguindo transportar a bola e aparecer muitas vezes em situação de remate fora da área. Phala e Parker sobreviveram às mudanças de Igesund, com Phala a manter-se como extremo na direita e Parker a recuar para a esquerda, depois de ter começado numa posição mais avançada. O ataque ficou entregue a Rantie e Mphela, com Majoro a surgir como uma boa opção saída do banco.
O Mali nunca venceu a CAN e procura, com Salif Keita à cabeça, entrar uma vez mais na luta por esse título. Os malianos já protagonizaram um dos casos deste torneio, com Sambou Yatabaré a abandonar a seleção, depois de ter percebido não ser opção inicial de Patrice Carteron. Isso parece não ter afetado grandemente o grupo, já que depois de uma vitória por 1-0 frente ao Níger e uma derrota com o mesmo resultado frente ao Gana, os malianos alcançaram um empate a um que lhes garantiu o segundo lugar do Grupo B.
Patrice Carteron assumiu as suas ideias para a equipa, tentando não alterar muito os princípios adotados. O Mali tende a apresentar-se num 4-1-4-1 que privilegia a circulação de bola, em busca da velocidade nas linhas, sempre centrando em Keita o ponto por onde a bola deve passar na construção ofensiva. Samassa e Maiga vão rodando na posição mais ofensiva deste conjunto, algo que é permitido pelas características dos jogadores, possantes mas velozes. Cheick Diabaté é outro dos jogadores que também é utilizado nesta rotação.
Samba Diakité é a opção para o lado direito do ataque, trazendo velocidade e imprevisibilidade no flanco. No entanto, a equipa terá que conseguir utilizar estes recursos com maior intensidade, se quiser levar de vencida a África do Sul. Samba Sow emergiu como opção nos últimos jogos, para apoiar Keita e intercalar nas movimentações ofensivas. Momo Sissoko parecia fadado a ser o “seis” desta equipa, mas depois de sair lesionado no último encontro, ficou em dúvida, sendo que Kalilou Traoré poderá assim espreitar a titularidade.
Na defesa, a baliza está entregue a Samassa, um guarda-redes que tem estado em boa condição na maior parte do tempo, embora, aqui e ali, permitir alguns deslizes. N’Diaye, do Vitória de Guimarães, perdeu a titularidade no último jogo, mas poderá regressar frente aos sul-africanos, já que tem trocado de posições com Wague e Adama Coulibaly no centro da defesa. Nas laterais, Diawara e Tamboura permanecem sólidos titulares.
Na história destas duas seleções, existe apenas um encontro, curiosamente a contar para os quartos-de-final da CAN 2002. Nesse ano, os malianos levaram a melhor, vencendo por 2-0, antes de tombarem nas meias-finais frente à Nigéria. Apesar do fator casa ajudar os Bafana Bafana, a equipa do Mali parece mais forte neste momento, num jogo que poderá ser uma boa aposta para ficar decidido apenas nas grandes penalidades.
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