África do Sul – Iraque (Jogos Olímpicos 2016)
Com o Grupo A a chegar à derradeira jornada com todas as possibilidades em aberto, a partida entre África do Sul e Iraque terá enorme interesse, sempre em conjugação com aquilo que se irá passar, ao mesmo tempo, no Dinamarca – Brasil. Óbvio que, tendo o Brasil como grande favorito do grupo e com apenas dois empates alcançados nas jornadas disputadas, a simples possibilidade de o ver afastado de uns Jogos Olímpicos em que é organizador é uma possibilidade de loucos. Mas, no confronto entre africanos e asiáticos, uma vitória do Iraque coloca-o automaticamente na fase seguinte, enquanto a África do Sul terá que vencer por uma margem mais confortável, conjugando-a também com o resultado do outro encontro.
A África do Sul foi autora da primeira surpresa deste grupo, ao conseguir manter o Brasil sem marcar qualquer golo e a apresentar-se como um conjunto que apresenta um bom cartel defensivo. Tem faltado, ainda assim, ao grupo sul-africano alguma capacidade ofensiva que possa equilibrar o seu conjunto, de forma a torná-lo mais perigoso no momento de discutir o resultado. O plantel da África do Sul é quase na sua totalidade composto por jogadores que atuam na Liga local, com esse dado a ter aumentado a surpresa perante o resultado do primeiro encontro. No segundo jogo, os sul-africanos mantiveram o mesmo acerto, mas perante uma Dinamarca que foi mais intensa e também mais oportuna no momento de marcar. Essa derrota obriga a África do Sul a vencer o Iraque, de preferencia por dois ou mais golos, o que lhe deveria garantir o apuramento, independentemente do resultado do outro encontro. Uma missão complicada frente a um adversário que também tem aspirações aos quartos-de-final.
Onze Provável: Khune – Mobara, Mathoho, Coetzee, Mekoa – Modiba, Mvala, Motupa, Dolly – Mothiba, Masuku.
O Iraque não é propriamente uma surpresa a este nível. Sempre que atinge a fase final de uma prova internacional, o conjunto iraquiano comprova que é um país onde há muito talento para jogar futebol e, sobretudo, há um espírito de equipa que o torna bem difícil de ultrapassar. Para mais, as difíceis condições do país acabam por afinar ainda mais o orgulho de jogadores em representar uma bandeira tantas vezes vilipendiada pela comunidade internacional. É nessa conjugação de fatores que Shahad, o técnico iraquiano, tem conseguido manejar um grupo com elementos vindos de diferentes proveniências, desde uma liga local que nem sempre tem condições para ser jogada, até à Serie A onde atua Ali Adnan. É, aliás, na defesa que o Iraque tem demonstrado mais forças, conseguindo forçar o empate a zero com Dinamarca e com Brasil, tendo agora, perante a África do Sul, que alcançar uma vitória que lhe garantirá o apuramento para os quartos-de-final, seja qual for o resultado do outro encontro.
Onze Provável: M. Hameed – A. I. Khalaf, Mustafa Nadhim, D. Al Quraishi – H. Tariq, A. Attwan, S. Abdulameer, Ali Adnan – S. Kareem, Husni – H. Ahmad.
Sem encontros prévios entre as duas seleções, este será um jogo de estreia.
São os iraquianos quem parece apresentar melhores condições para vencer este encontro, que tem tudo para ser muito equilibrado, no entanto.
