África do Sul – Angola (CAN 2013)
No início da segunda jornada da fase de grupos da Taça das Nações Africanas, África do Sul e Angola procuram a sua primeira vitória, depois de ambas terem empatado no jogo inaugural. Ainda assim, ficaram sabores diferentes para cada uma das seleções. Enquanto os sul-africanos terminaram a partida desiludidos, os angolanos conquistaram confiança para o que resta disputar neste grupo.
A equipa da casa desiludiu todos os seus adeptos com uma frágil exibição frente a Cabo Verde, onde estiveram mais perto de perder o encontro do que de conquistar os três pontos. Em lugar de uma afirmação de confiança, perante um adversário sem experiência a este nível, a equipa da África do Sul fez crescer as dúvidas sobre a sua capacidade para conseguir, até, o apuramento para os quartos-de-final, num grupo onde não existem equipas fracas.
O técnico Gordon Igesun surpreendeu com a colocação de Matlaba no lugar de Masilela, na lateral esquerda, e ao deixar Mphela no banco. O avançado sul-africano recuperou recentemente de uma lesão, mas continua a ser a melhor opção ofensiva da equipa, sendo de esperar que comece a titular frente a Angola.
Na defensiva, Khune é dono e senhor das redes, enquanto Khumalo e Sangweni ocupam muito bem as posições centrais. Dikgacoi foi muito faltoso durante a partida, mas continuará a ser a opção para médio defensivo, embora fosse aconselhável mudar algo no meio-campo da África do Sul, já que a opção por um 4-4-2 tradicional em nada favorece a condução de jogo. Tshabalala e Phala são boas opções nos extremos, mas falta claramente um número 10 que organize a equipa, uma opção que não estará no banco também.
Sem qualquer lesão a assinalar, a equipa sul-africana precisa de mudar de atitude, ser mais confiante, de modo a chegar a um golo que os possa libertar até à vitória. No entanto, do outro lado, a seleção angolana não estará disposta a facilitar.
Gustava Ferrín conseguiu tornar a seleção angolana mais consistente, mas a ausência de Zuela no primeiro jogo deixou muito espaço em aberto para ser explorado pelo ataque marroquino. Zuela está em boas condições físicas, tendo ficado de fora por ter falhado treinos por razões pessoais. Estando de volta ao estágio, espera-se que entre como titular frente à África do Sul, eventualmente no lugar de Dedé, dando maior cobertura aos centrais.
Dany e Bastos não falharam, mas Miguel e Lunguinha tiveram muitas dificuldades para segurar os extremos adversários. Frente a uma equipa sul-africana que aposta também nas laterais, espera-se mais um dia de intenso trabalho. Lamá, na baliza, fez uma excelente exibição, comprovando que é uma opção segura para os Palancas Negras.
No momento ofensivo, Manucho esteve muito apagado, e será preciso que volte a mostrar-se capaz de ser um ponta-de-lança letal para que os angolanos tenham mais esperanças na qualificação. Ainda assim, esteve muito bem secundado por Geraldo e Mateus, dois craques que souberam movimentar-se muito bem entre linhas. Mingo Bille esteve muito ativo na primeira parte, mas foi com a entrada de Guilherme, depois do intervalo, que os Palancas criaram mais perigo – Manucho necessita de ter companhia na frente de ataque para que os centrais adversários não tenham a vida facilitada.
África do Sul e Angola já se encontraram por três vezes em fases finais da CAN, sempre na fase de grupos. Em 96 os sul-africanos, a jogar em casa, venceram por 1-0, mas nos dois encontros posteriores, em 1998 e 2008, não passaram de um empate:
| Angola | 1-1 | África do Sul | CAN 2008 |
| África do Sul | 1-0 | Angola | Jogos Amigáveis 2002 |
| África do Sul | 0-0 | Angola | CAN 1998 |
| África do Sul | 1-0 | Angola | CAN 1996 |
Num jogo desta quarta-feira, o favoritismo pende para a África do Sul, mas o empate parece um resultado mais provável, sendo de esperar que tudo fique por resolver, no Grupo A, até ao último dia.
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