Os Patriots passaram boa parte da época a arrasar a concorrência mas as lesões de jogadores importantes fizeram com que chegassem a esta fase muito diminuídos. Os Broncos, que há uma semana estavam em risco de ficar fora dos play-offs, asseguraram o primeiro lugar na Conferência Americana, com Peyton Manning a entrar para guiar a equipa. Os Jets foram os mesmos de sempre e deixaram que Rex Ryan lhes estragasse a festa. A loucura da NFL é que nunca se fica sem uma boa história. E para a semana já há play-offs.
Reviravolta de Denver com Manning à mistura
Os Denver Broncos terminaram a temporada regular como a melhor equipa da AFC, deixando para trás os Patriots e empurrando os Bengals para o fim de semana dos wildcards. Esta é, sem dúvida, a maior reviravolta deste lado da Liga. Há uma semana atrás ainda havia cenários em que os Broncos podiam ficar fora dos play-offs. Mas a conjugação da vitória sobre o Chargers (27-20) e a derrota de New England frente a Miami (20-10) baralhou tudo. Assim Broncos e Patriots garantem o descanso na primeira ronda dos play-offs, com os primeiros a ter também a vantagem de jogar em Mile High daqui para a frente.
Broncos precisavam da voz de comando
Mas o assunto presente em todas as conversas foi o regresso de Peyton Manning. Não é sequer que Brock Osweiler tenha estado mal. Mas, nas palavras de Gary Kubiak, “a equipa parecia estar a olhar em volta à procura de orientação”. Resumindo, nos momentos de aperto a equipa procurava a voz da liderança e Osweiler, por melhor que possa ter assumido a função, não tem, ainda, essa capacidade. Também não é que Peyton Manning tenha feito passes espetaculares ou decisivos nos minutos em que substituiu o seu substituto. Mas a experiência, as correções que ele faz na linha de scrimmage, as leituras e antecipações dão confiança a todos os elementos em campo. Veremos o que acontece nos próximos jogos, sabendo que esta será, provavelmente, a última oportunidade do “Xerife” brilhar nos play-offs, mas esta história já ninguém nos tira.
Patriots vulneráveis (?)
Os Patriots precisam deste fim de semana de folga como de pão para a boca. A equipa foi acumulando lesões em posições importantes e não por acaso as quatro derrotas de New England aconteceram nos últimos seis desafios da temporada regular. A linha ofensiva é a maior preocupação embora todo o ataque dos Pats esteja um desastre. Nem sequer Tom Brady está livre de mazelas e a prova disso é que só lançou a bola cinco vezes em toda a primeira parte do encontro com os Dolphins – o número mais baixo de toda a sua carreira. Houve mesmo receios de que o quarterback se tivesse magoado a sério no joelho e durante boa parte do jogo andou a mancar ligeiramente. A questão agora é esta: será que os Patriots ainda são um dos candidatos ao Super Bowl, com tantas soluções de recurso? E a resposta é sim, claro! A dispensa da primeira ronda vai permitir recuperar problemas físicos. E na ronda das divisões esta é a equipa que entra em modo de combate e para ultrapassar o adversário que se lhe atravesse no caminho. O plano seguinte é reintroduzir Sebastian Vollmer e outros pesos pesados no alinhamento.
Jets voltam a desiludir
A piada do dia é que Rex Ryan continua a ser o responsável por deixar os New York Jets fora dos play-offs. Custa a engolir, para os adeptos, mas é verdade. Só que desta feita Ryan fez o estrago estando do outro lado da barricada. Os Jets dependiam de si mesmos: se vencessem iriam à fase seguinte pela primeira vez em cinco temporadas. Mas a equipa entrou tão tensa e nervosa em campo que fez com que os Bills parecessem eficientes e disciplinados. Somaram faltas, falharam receções e nunca conseguiram colocar-se no controlo das operações. Na segunda parte houve um esforço de reação mas aí foi Ryan Fitzpatrick a espalhar-se ao comprido. Três interseções no quarto tempo, uma das quais com o marcador a 19-17 para Buffalo, à distância certa para um field goal.
Estes são apenas os destaque principais da semana dezassete e suas implicações na AFC. Falta a luta em aberto na NFC. E começamos já a antecipar o fim de semana dos wildcards. A não perder, cenas dos próximos capítulos.
