Os três grandes venceram, este fim-de-semana, pela margem mínima, em contextos onde apareceram dificuldades criadas por conjuntos que perceberam como travar a superioridade de FC Porto, Sporting e Benfica.
Numa jornada realizada entre sexta e segunda-feira, o sofrimento dos grandes começou com o Sporting a receber o Vitória de Setúbal, numa partida em que os sadinos voltaram a demonstrar-se especialistas em travar o ritmo de jogo para tentar criar ansiedade nos seus opositores. O Sporting entrou muito forte, com uma primeira meia-hora de muita pressão à procura do golo, seguindo-se a única fase em que o Vitória conseguiu respirar e levar bola para o meio-campo adversário. Na segunda metade, o Sporting voltou a carregar sobre os sadinos, praticamente desistentes de abordar o momento ofensivo, mas nem com Doumbia a fazer par com Bas Dost o Sporting conseguia quebrar a resistência da equipa da margem sul do Tejo. O golo surgiu na marcação de um pénalti, depois do holandês ser empurrado na área. Foi o próprio Bas Dost quem conseguiu marcar o golo, dando, desde logo, o primeiro lugar ao Sporting.
Em Tondela, o FC Porto marcou ainda na primeira parte, por intermédio de Aboubakar, conseguindo ultrapassar uma equipa da casa que se mostra, este ano, mais atrevida na forma de elaborar o seu jogo perante um adversário poderoso. A segunda parte ofereceu oportunidades para os dois lados, mas os azuis e brancos mostraram uma face nova nesta deslocação, comprovando terem a capacidade para gerir uma vantagem magra e assegurar os três pontos num Estádio onde, no ano passado, não tinham ido além de um empate.
O grande jogo da jornada estava, no entanto, marcado para Trás-os-Montes, onde o promissor Desportivo de Chaves recebia o Benfica. Boa réplica da equipa de Luís Castro, que imaginou estar no jogo com rebeldia e vontade de marcar, mas viu o Benfica tomar conta da situação e acabar por transformar o jogo numa via só. Os encarnados mostravam-se mais fortes, mas não conseguiam marcar, com os flavienses a protegerem-se cada vez mais num bloco baixo, tentando também parar um pouco o ritmo do jogo quando perceberam que havia a possibilidade de pontuar nesta partida por exasperação dos encarnados. Rui Vitória chamou a jogo Raúl Jiménez e Rafa, e foi este último que, lançado em profundidade, quando já havia passado o minuto 90, assistiu para Seferovic, com um toque subtil, fazer passar a bola no buraco da agulha, dando o golo da vitória aos encarnados.
Nota ainda para, nesta jornada 2, a segunda vitória do Rio Ave no Estádio do Bessa, colando-se assim o conjunto de Vila do Conde ao lote dos primeiros. A equipa de Miguel Cardoso chegou ao golo por intermédio de Guedes, com Rochinha a voltar a marcar para os axadrezados, depois de já ter sido homem golo da equipa de Miguel Leal na jornada inaugural. Pedro Moreira voltou a colocar o Rio Ave na frente ao minuto 85, ficando guardado o momento dramático da partida para os descontos, quando o Boavista beneficiou de um pénalti, desperdiçado por Leonardo Ruiz.
A margem mínima e os minutos finais a escreverem a história da segunda jornada da Liga NOS.