Distâncias encurtadas a uma semana do “Clássico” entre Porto e Benfica no estádio do Dragão. O empate a uma bola entre Desportivo das Aves e Porto é o resultado que marca a jornada 12 da Liga NOS 2017/18, mas surpreende apenas quem não assistiu à partida. Na “ressaca” da divisão de pontos entre avenses e portistas, Sporting e Benfica não perderam a oportunidade de reduzir a desvantagem face ao atual líder da competição. Destaque para a estreia de Ivo Vieira no comando técnico do Estoril, com o “lanterna vermelha” a conquistar um ponto na deslocação aos Barreiros. Esta segunda-feira há um interessante duelo entre Rio Ave e Vitória Sport Clube em Vila do Conde.

Foto: "MoveNoticias"

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A noite na Vila das Aves até começou de feição para o Porto que, poucos instantes depois de ter visto a baliza à guarda de José Sá ameaçada, passou para a frente do marcador graças a um golo de Ricardo Pereira. No entanto, o golo madrugador do atual líder do campeonato não faria o Desportivo das Aves render a guarda, permanecendo predisposto a jogar a toda a largura, explorando em profundidade e canalizando muito jogo pelas alas, beneficiando do esquema tático eleitos por Lito Vidigal. As ocasiões foram-se sucedendo junto da baliza da equipa forasteira e o “dragão”, encostado à vantagem, raramente mostrou arte e engenho suficientes para chegar ao segundo golo, mesmo quando Cristian Arango, na cara do gol, atirou à trave.

A missão portista ficou significativamente mais complicado quando Jesús Corona, aos 52 minutos, foi expulso por acumulação de amarelos. Galvanizado pela possibilidade de ferir o adversário em inferioridade numérica, o Desportivo das Aves continuou a chegar com perigo à área contrário e coube a Vítor Gomes apontar o golo da igualdade pouco depois da hora de jogo, premiando o esforço da equipa local que, deste modo, se aproximava do terceiro encontro consecutivo sem derrotas, caso ímpar para a formação avense na atual temporada. O ascendente da equipa da Invicta cresceu, mas raramente houve esclarecimento suficiente para criar perigo, mesmo dispondo de vários livres em posição lateral nas imediações da área avense. O encontro chegou ao fim com um empate a uma bola que surpreende quem não assistiu ao desafio.

Sporting passa em Paços

Motivado pela vitória diante do Olympiakos que permite continuar a sonhar com o acesso à próxima fase da Liga dos Campeões, o Sporting cumpriu com o que lhe competia na deslocação a Paços de Ferreira e venceu por duas bolas a uma. Sempre com o Sporting mais predisposto a atacar e o Paços de Ferreira apostado em explorar essencialmente o espaço nas costas da defesa do Sporting, foi através de Bas Dost que surgiu a primeira oportunidade clamorosa para o Sporting marcar. O golo, esse surgiria logo ao minuto 20 por intermédio de Battaglia após a cobrança de um livre direto. A desvantagem no marcador não fez com que Paços de Petit perdesse o norte e a equipa local conseguiu manter-se na discussão do resultado. Já na segunda parte, depois de ter visto Bruno Fernandes atirar uma bola ao ferro, foi a vez de Mabil cabecear à trave da baliza à guarda de Rui Patrício, guardião que fez pelo menos uma boa intervenção logo na primeira parte.

A vantagem sportinguista viria a ser dilatada a 15 minutos do fim, por intermédio de Gelson Martins, conferindo a tranquilidade que faltava à equipa da capital. Marco Baixinho encurtou a distância aos 90 minutos, demasiado tarde para o Paços de Ferreira reentrar na luta por um resultado melhor.

Chapa 6 na Luz

Determinado em responder à derrota em Moscovo e consequente eliminação das provas europeias, o Benfica entrou em cena a saber que uma vitória permitiria encurtar a distância em relação ao Porto para apenas três pontos na antecâmara do clássico. Fê-lo e de forma categórica, por uma margem que há muito não se via na Luz: 6-0.

Rui Vitória promoveu alterações, começando logo pela convocatória, ao deixar Diogo Gonçalves e Filipe Augusto (titulares em Moscovo) na bancada. Bruno Varela manteve-se na baliza, Filip Krovinovic (não inscrito na Liga dos Campeões) voltou a ser titular assim como Toto Salvio e Franco Cervi. Logo aos sete minutos do desafio, uma situação pouco comum na atual temporada: golo do Benfica na sequência de um pontapé de canto, apontado por Luisão. Em vantagem, o Benfica esteve sempre por cima do jogo, levou perigo – sobretudo no jogo aéreo – constantemente à baliza defendida por Cristiano e aumentaria a vantagem aos 39 minutos, com Jonas a assinar o golo número 100 com a camisa dos “encarnados”. Antes do intervalo, nota para a expulsão de Nuno Pinto por acumulação de amarelos após uma entrada perigosa sobre Luisão.

Contra dez unidades, o domínio benfiquista acentuou-se e foi com naturalidade que a equipa da Luz marcou mais quatro vezes. Toto Salvio, Jonas (“bis”), André Almeida e Andrija Zivkovic estabeleceram o placard final em seis bolas a zero, um ótimo resultado antes da deslocação ao estádio do Dragão.

Estoril volta a pontuar

Ivo Vieira chegou, viu e… empatou. O novo treinador do “lanterna vermelha” Estoril orientou a equipa pela primeira vez nos Barreiros e a divisão de pontos acaba por ser um resultado mais “agradável” para os próprios donos da casa, pelo menos atendendo à quantidade de ocasiões criadas pela formação da Linha de Cascais. Após dez derrotas consecutivas, os adeptos dos “Canarinhos” tiveram razões para voltarem a esboçar um sorriso… amarelo.

A jornada 13 da Liga NOS 2017/18 termina esta segunda-feira com a realização de dois encontros. O Braga recebe o Feirense na Pedreira a partir das 19h00 e, duas horas mais tarde, o Rio Ave recebe o Vitória Sport Clube no estádio dos Arcos.

Boas apostas!