2017 pode ser mesmo o ano decisivo para a Major League Soccer encontrar o caminho da afirmação total no futebol mundial. Para além de ser um ano de alargamento do número de equipas, com a chegada dos Minnesota United e dos Atlanta United, perfazendo um total de 22 equipas a disputar o campeonato, falamos de um ano em que a ambição de ver uma equipa da MLS a ganhar a Liga dos Campeões da CONCACAF de novo. Se isso se puder confirmar, contando com uma equipa no Mundial de Clubes no final de 2017, então teremos aquilo que se poderá chamar o ano perfeito.
Quem quer ser campeão?
Sabemos bem que ser campeão na Major League Soccer tem muito pouco que ver com o ser campeão noutras latitudes. Não basta ser a equipa mais forte – algo que as próprias regras do campeonato tornam quase impossível, alargando, ao máximo, a distribuição de talento disponível. Também não basta ser uma equipa que consegue ser regular, porque a partir do momento em que se entra no playoff, uma derrota pode manchar, de forma perene, a carreira na Liga. Por isso mesmo, não é de espantar encontrarmos percursos como o dos Seattle Sounders em 2016, uma equipa que fez uma primeira metade de época muito fraca, conseguindo, depois de uma chicotada psicológica e de um ataque ao mercado de verão, transformar-se para ser uma equipa dominadora.
Será com Nicolás Lodeiro a liderar este conjunto dentro de campo, que os Seattle Sounders esperam regressar ao título. Mas, esta temporada, a sua caminhada será diferente. Estão mais fortes neste início de temporada, tal como equipas como os LA Galaxy ou os FC Dallas, cotando-se como conjuntos com enormes capacidades para fazer a diferença nesta fase da temporada. No entanto, com uma época longa e marcada por uma segunda fase, em playoff, onde se passa a jogar em eliminatórias, transforma por completo aquilo que se pode alcançar na MLS.
Dois campeonatos num só
As boas equipas da Conferência Oeste, apontadas entre este trio, Seattle, LA e Dallas, mas também com aproximações de outros nomes, como os Colorado Rapids ou os Sporting Kansas City, para além dos Portland Timbers, fazem parte de um conjunto que parte com esse foco em atingir o máximo dos ganhos na presente época. Na Conferência Este, outras histórias se escrevem e, por isso mesmo, se pode falar em dois campeonatos num só, tanto na forma como as duas fases (fase regular e playoff) são díspares entre si, como na forma como entre as duas Conferências, se percorrem também caminhos diferentes.
A luta poderá centrar-se, uma vez mais, entre as equipas canadianas e as equipas de New York. No Canadá, os Toronto FC mantém elementos como Bradley, Altidore e Giovinco para tentarem atacar uma presença vencedora na final, enquanto os Montreal Impact, com um grupo mais experiente e maduro, tem condições para surgir forte na última fase da temporada. Já para os clubes de New York, a qualidade táctica das equipas parece ser o elemento diferenciador do futebol da cidade. Patrick Vieira veio revolucionar a organização defensiva da MLS, impondo novos estilos na competição, enquanto os Red Bulls tentam, agora sem o capitão McCarty (saída para os Chicago Fire), manter o mesmo estilo de jogo pressionante. Por falar em Chicago, com Juninho e McCarty no onze, esperam-se boas novidades a partir da Cidade do Vento.
Novidades entre os clubes e os portugueses
Das duas novidades em termos de clubes, os Atlanta United, com Gerardo Martino e um contigente de jogadores sul-americanos, são aquele que mais expectativa cria. Uma equipa que, na Conferência Este, pode mesmo alimentar esperanças de atingir o playoff. Já para os Minnesota United, contando com jogadores que prometem trazer qualidade, como Miguel Ibarra, Christian Ramírez ou Kevin Molino, a vida na Conferência Oeste parece ser bastante mais difícil.
O contingente de jogadores portugueses reforçou-se com a chegada de João Pedro, do Vitória de Guimarães para os LA Galaxy, e de Gerso Fernandes, do Belenenses para os Sporting Kansas City. Juntam-se a jogadores como João Meira (Chicago Fire) e Rafael Ramos (Orlando City) que estão em conta para estarem nos onzes titulares das respectivas equipas, podendo ser este um dos anos mais fortes dos lusitanos na MLS.
Boas Apostas!