Benfica e Porto não vacilaram na 23ª jornada da Liga NOS, marcada por compromissos exigentes para “águias” e “dragões”. O Sporting consolidou o terceiro lugar no Estoril, impedindo a aproximação do Vitória Sport Clube que levou a melhor no” derby” minhoto com o campeão de inverno Moreirense. O Braga de Jorge Simão marcou passo em Setúbal. Nacional e Tondela permanecem em zona de despromoção.
Sensação de aparente controlo
A ronda 23 da Liga NOS começou com um duelo atrativo entre Benfica e Chaves, no estádio da Luz. Com mais de 50 mil adeptos nas bancadas e uma assinalável falange de apoio ao clube transmontano sobretudo a uma sexta-feira, a capital portuguesa recebeu um duelo interessante que culminou com uma vitória dos “encarnados” por três bolas a uma. O Chaves, uma das equipas que melhor futebol pratica na realidade portuguesa, voltou a demonstrá-lo na Luz. Sofreu primeiro, manteve-se fiel à sua estratégia, empatou antes do intervalo com um grande golo de Renan Bressan e manteve-se no jogo até aos últimos minutos, apesar de Rafa ter conferido nova vantagem aos donos da casa no início da etapa complementar. Aproveitando algum cansaço e desnorte do meio-campo benfiquista, o Chaves cresceu no jogo quando a diferença no marcador era miníma (2-1) e provocou alguns calafrios à bancada da Luz. Mitroglou, “o melhor jogador grego da atualidade” para Katsouranis, voltou a definir: Além de ter aberto o ativo com um bom cabeceamento, na etapa final do desafio, aproveitou uma desatenção da defesa transmontana para estabelecer o 3-1 final e carimbar a vitória numa partida em que o Benfica aparentou sempre ter tudo sob controlado, apesar de um ou outro momento em que o Chaves se acercou de forma mais perigosa da baliza defendida por Ederson.
Soares sentencia “derby” da Invicta
Fazer cedo o difícil. O Porto apresentou-se no estádio do Bessa disposto a encurtar novamente a desvantagem em relação ao líder Benfica para apenas um ponto. Na noite da Invicta, os “azuis e brancos” conseguiram facilitar a respetiva tarefa ao chegarem ao primeiro golo do jogo logo aos sete minutos, novamente por intermédio de Soares, reforço de inverno que já é figura de proa nesta equipa portista que surge firme na perseguição à liderança. Para surpresa da generalidade dos adeptos, o marcador não mais se alteraria até final do jogo, apesar das inúmeras oportunidades criadas pelo Porto, com o expoente máximo do desperdício a ser Yacine Brahimi. O Boavista lutou com afinco durante praticamente toda a partida, mas raramente ameaçou as redes defendidas por Casillas. A solidez defensiva é, cada vez mais, uma marca identitária do Porto de Nuno Espírito Santo, equipa que ainda assim continua com claras dificuldades no capítulo ofensivo e está muito entregue ao bom momento que Soares atravessa.
Sporting cumpridor
Sem deslumbrar, o Sporting cumpriu o seu objetivo na deslocação à Amoreira e conquistou os três pontos ao vencer por duas bolas a zero. No primeiro remate que fez com destino à baliza contrária, Alan Ruiz colocou a formação leonina na frente, raramente ameaçada por um Estoril combativo mas sem alguns habituais titulares em função do compromisso de terça-feira frente ao Benfica, para a Taça de Portugal. Bas Dost, na conversão de uma grande penalidade, confirmou um triunfo leonino que não merece contestação. A vitória permitiu manter a distância em relação ao Vitória Sport Clube, regressado às vitórias na receção ao Moreirense (1-0) depois de quatro jogos sem triunfar, ao passo que a diferença em relação ao SC Braga foi dilatada uma vez que os “guerreiros do Minho” empataram (1-1) em Setúbal.
Nacional de Jokanovic ainda não venceu
Penúltimo colocado da tabela com 16 pontos em 23 jogos, o Nacional da Madeira ainda não venceu desde que Manuel Machado cedeu o lugar a Jokanovic no comando técnico. Na receção ao Feirense, adversário que somou o 26º ponto e se aproximou dos 30 que correspondem à meta estabelecida, o emblema insular foi incapaz de superiorizar, somando o 10º jogo sem vencer. À imagem do que tinha acontecido no “derby” disputado nos Barreiros, o Nacional voltou a ficar em branco e o nulo acaba por ser mais benéfico para o conjunto da casa, isto se tivermos em consideração o número de grandes intervenções do guarda-redes Adriano Facchini. O Tondela permanece no último posto, incapaz de vencer o Marítimo (1-1) nesta 23ª jornada da Liga NOS 2016/17.
Boas Apostas!