Luciano Spalletti é o homem certo no lugar certo. O técnico italiano regressou à “cidade eterna” em janeiro de 2016 e provou que está destinado a ter sucesso na Roma. Eliminar o Futebol Clube do Porto de Nuno Espírito Santo e assegurar o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões é o primeiro grande objetivo para a nova época, naquele que é o embate de maior cartaz da ronda.
Rudi Garcia abandonou Roma em janeiro de 2016, numa altura em que os resultados indiciavam que a ligação do técnico francês ao clube parecia ter chegado a uma situação de esgotamento. A direção do clube entendeu dar início a um novo ciclo e, para inicia-lo, assegurou os serviços de Luciano Spalletti, técnico experiente e conhecedor da realidade do clube ao qual se preparava para regressar, depois de já ter estado em Roma entre 2005 e 2009. Os resultados falam por si só: Desde que Spalletti reassumiu a liderança da equipa, a Roma disputou 21 jogos, venceu 14, empatou quatro e perdeu três – taxa de aproveitamento pleno que ronda os 67 por cento. As três derrotas que os “giallorossi” sofreram entre cerca de quatro meses e meio sob a égide de Spalletti surgiram diante de adversários teoricamente mais fortes: Juventus (1-0) e Real Madrid (2-0; 0-2). Com o novo treinador chegaram Perotti e El Shaarawy, dois jogadores que se assumiram como rostos habituais na equipa titular. Luciano Spalletti encontrou o equilíbrio perfeito para a formação às suas ordens preferencialmente num 4-2-3-1.
Sczesny, habitual titular na baliza em 2015/16, recupera de uma lesão grave. Para o a defesa das redes chegou Alisson, internacional brasileiro que foi contratado ao Internacional de Porto Alegre e deverá assumir a titularidade. No eixo, a estampa física do jovem alemão Rudiger (lesionado) mantém-se como complemento ideal para a ação do grego Manolas, mas agora também há Vermaelen e Juan Jesus no lote de opções. Florenzi fixou-se à direita do setor recuado (de forma feliz) e a posição de lateral-esquerdo dá azo a novidades, uma vez que Digne deixou o clube para regressar ao PSG e tudo indica que Mário Rui (atualmente lesionado) se assuma como habitual titular pela esquerda. Depois de se destacar ao serviço do Empoli, o jogador português tem condições para ser titular na Roma, mas terá a concorrência dos também reforços Moustapha Seck e Emerson.
A traição de Pjanic
Para o coração de um “romanista”, há poucas sensações piores do que perder o que quer que seja para a rival Juventus. Neste caso, foi Miralem Pjanic quem se mudou de Roma para Turim após cinco anos de ligação ao emblema da “Loba do Capitólio”, numa “traição” que será difícil de aceitar no Olímpico de Roma. Em termos de jogo propriamente dito, a influência do internacional bósnio não pode ser descurada e a Roma poderá ressentir-se da ausências das qualidades de Pjanic. O holandês Strootman deverá assumir a vaga deixada, presumivelmente acompanhado por Nainggolan e o “futuro capitano” De Rossi no trio de meio-campo. O maliano Seydou Keita e Leandro Paredes também são soluções para o setor intermediário.
Versatilidade na frente
A equipa da Roma serve de exemplo no combate à ideia de que o futebol italiano continua muito preso a ideias marcadamente defensivas. De resto, esta equipa de Spalletti merece-nos mais crédito por aquilo que produz ofensivamente do que pelas prestações em termos defensivos. Com 83 golos marcados em 38 jogos na Série A 2015/16, a Roma possui um leque interessante de opções para o último terço, que permite uma certa versatilidade na hora de definir o ataque. Diego Perotti poderá manter-se numa posição mais interior, perfilando-se como um armador de jogo. Salah e El Shaarawy poderão fazer dupla no centro do ataque, se bem que Edin Dzeko, Sadiq Umar (agora ao serviço da seleção olímpica da Nigéria) e Francesco Totti também entram nas contas. Se quiser dar mais velocidade e largura ao jogo, Juan Iturbe poderá ser um nome importante a esse nível.
Boas Apostas!