Sem a sua principal estrela, desde que Kaká se lesionou logo aos quinze minutos da jornada inaugural, sem brilhantismos, sem direito a grandes destaques, os Orlando City vão demonstrando, semana após semana, do que se faz uma equipa consistente. Jason Kreis vai recuperando na Florida o lustro perdido na passagem por Nova Iorque.
O factor casa
Os Orlando City aproveitam o factor casa para se tornarem numa das equipas com melhor rendimento na actual edição da Major League Soccer. Três jogos perante o seu público, três vitórias, em quatro partidas jogadas até agora. Este aproveitamento vale-lhes o segundo lugar da Conferência Este, com menos um ponto e dois jogos do que os líderes, Columbus Crew. Daquilo que vimos ontem perante os New York Red Bulls, salta à vista que, num momento de dificuldades, devido a elevado número de lesionados, Jason Kreis procura territórios que lhe são reconhecidos.
No desenho adoptado, a equipa apresentou-se no 4-4-2 em diamante que o técnico já experimentou no passado. Pérez Garcia surgia como o elemento mais adiantado do meio-campo, sempre oferecendo critério nos momentos ofensivos e alimentando uma dupla de atacantes, composta por Cyle Larin e Carlos Rivas, que apresenta muitas soluções em velocidade e capacidade física para se impor nos duelos frente às linhas defensivas adversárias. Larin chegou mesmo a ter uma enorme oportunidade de aumentar a diferença no marcador, numa situação em que acabou isolado perante Luis Robles.
O guarda-redes dos Red Bulls acabou por ter um impacto grande no resultado, visto que surgiu de uma má abordagem sua no seguimento de um pontapé de canto o golo que deu os três pontos à equipa da casa. Servando Carrasco, que começou no banco e entrou para o lugar do lesionado Nocerino, cabeceou para a vitória, tendo tido também importante papel na organização defensiva da sua equipa. Mesmo com um adversário a tentar muito (mas mal) chegar ao golo, a equipa da casa soube manter a tranquilidade e somar mais uma vitória, o que a deixa com sucesso exclusivo no estádio inaugurado no início da temporada.
Let it snow!
Será uma das grandes surpresas para quem não acompanha a MLS regularmente, entender a forma como a Liga aborda os fenómenos naturais. Desta feita, em Salt Lake, houve neve a cobrir todo o terreno de jogo, acabando por ter enorme influência na partida. No jogo perante os Vancouver Whitecaps, enquanto não nevou, também não houve golos. Mas assim que começaram os primeiros flocos a cobrir o relvado do Rio Tinto Stadium, a equipa canadiana perdeu a tracção.
Rusnak abriu o marcador aos 54 minutos, com Movsisyan a aumentar a vantagem vinte minutos depois. Mulholland acabaria por marcar o terceiro golo, fechando a contagem com goleada no que acabou por ser a primeira vitória dos Real Salt Lake, agora orientados por Mike Petke, que depois de ter orientado os New York Red Bulls, regressou à MLS, tendo pelo meio trabalhado nos Real Monarchs, equipa subsidiária dos Real Salt Lake, na USL.
Boas Apostas!