Juventus e Nápoles são os primeiros emblemas apurados para as meias-finais da Taça de Itália 2016/17. No San Paolo como no Juventus Stadium, a lei do mais forte imperou. AS Roma, Cesena, Inter de Milão e Lazio só vão discutir o acesso à fase seguinte na próxima semana.

Semifinalista em 2013/14 e 2015/15, o Nápoles volta a marcar presença entre os quatro finalistas da Taça de Itália. No San Paolo, os “partenopei” superiorizaram-se à Fiorentina de Paulo Sousa pela margem miníma (1-0) e carimbaram o passaporte para a última fase da prova antes da decisão.

Foto:" ANSA / Ciro Fusco"

Foto:” ANSA / Ciro Fusco”

A quarta vitória consecutiva (a última equipa a travar o Nápoles tinha sido precisamente a Fiorentina, no Artemio Franchi, 3-3) surgiu da cabeça de José María Callejón que correspondeu da melhor forma à solicitação do eslovaco Marek Hamsik. À passagem do minuto 70, no coração da área, o dianteiro espanhol cabeceou à “queima” de Ciprian Tatarusanu e o guarda-redes romeno não conseguiu suster o golpe contrário. A vantagem premiou a equipa que gozou de maior ascendente ofensivo desde os primeiros instantes do jogo, resistindo às investidas da Fiorentina sobretudo em contra-ataque, com destaque para as ameaças de Chiesa e Cristoforo à baliza defendida por Reina. Sem Maurizio Sarri no banco devido a castigo, o Nápoles manteve a lucidez táctica, demonstrando capacidade suficiente para gerir as fases do jogo, aspecto tão importante sobretudo num jogo a eliminar. Privado dos serviços de Koulibaly e Ghoulam, jogadores que estão na Taça das Nações Africanas, o Nápoles manteve a sua baliza inviolável. Os últimos instantes do jogo ficaram ainda marcados pelas expulsões de Hysaj (89′) do Nápoles e Olivera (90+4′) da Fiorentina.

Juventus vence reedição da final

Foto: "Getty/Valerio Pennicino"

Foto: “Getty/Valerio Pennicino”

No Juventus Stadium, a reedição da final da Taça de Itália 2015/16 culminou com uma vitória dos donos da casa por duas bolas a uma. Derrotada pelo AC Milan nos últimos dois jogos oficiais – em San Siro e no Qatar (supertaça) -, a “Vecchia Signora” voltou a ter motivos para sorrir diante dos milaneses. Os 90 minutos de Turim são a prova prática daquilo que se tem verificado nesta temporada: O AC Milan está no bom caminho para recuperar o prestígio de outrora, mas a Juventus continua num patamar à parte e quebrar o seu ciclo hegemónico não vai ser tarefa fácil. A diferença no capítulo individual também é clara.

Dominadora desde o primeiro instante, a Juventus manteve a tendência dos últimos jogos e adiantou-se no marcador desde cedo. Paulo Dybala marcou pela primeira vez aos dez minutos e Miralem Pjanic, numa cobrança de livre irrepreensível, aumentou a contagem à passagem do minuto 21. O colombiano Carlos Bacca encurtou a distância no marcador a 53 minutos do fim, mas a expulsão de Manu Locatelli no minuto seguinte deitou as esperanças milanesas por terra. Numa altura em que o AC Milan tinha tudo para crescer no jogo, o jovem médio recebeu ordem de expulsão por acumulação de amarelos e reduziu a margem de manobra de Vincenzo Montella. Até final, além de uma boa ocasião criada por Kucka na cobrança de um livre – Neto respondeu bem -, fica para a história a estreia do reforço espanhol Gerard Deulofeu com a camisola do AC Milan, jogador da “cantera” do Barça que estava ao serviço do Everton.

Nápoles e Juventus vão medir forças nas “meias” da Taça de Itália, etapa da prova disputada a duas mãos. Nos dois encontros que faltam disputar dos quartos de final, o Inter vai medir forças com a Lazio, ao passo que a AS Roma se prepara para defrontar o Cesea, única equipa que não pertence à elite e permanece em prova.

Boas Apostas!